O Ministério Público do Trabalho ameaça entrar na Justiça com uma ação cívil pública para obrigar a VarigLog a assumir a responsabilidade dos pagamentos das indenizações trabalhistas dos funcionários demitidos da Varig. A informação foi dada nesta terça-feira pelo procurador Rodrigo Carelli, que participou de uma reunião de conciliação entre representantes da Varig, VariLog, com dirigentes sindicais, no Ministério Público do Trabalho do Rio.
O Promotor disse que o MP entende que é obrigação da VarigLog, que comprou a Varig em leilão realizado no fim do mês passado, arcar com as despesas de rescisões trabalhistas. A reunião durou quatro longas hora, foi tensa, e não chegaram a qualquer acordo. Nova reunião foi marcada para a próxima sexta-feira. Rodrigo Carelli espera, contudo, conseguir chegar a um acordo extra-judicial com as partes na próxima reunião.
- Acreditamos que vamos chegar a um entendimento sobre como essas verbas vão ser pagas. O que não é admissível é os funcionários não terem o que comer e estarem em estado de penúria, e essas verbas serem pagas daqui a anos com debêntures, ou qualquer outro papel - disse Carelli.
A VarigLog por sua vez não aceita negociar a utilização dos US$ 75 milhões destinados à Varig após o leilão para pagamento de verbas rescisórias dos trabalhadores. A assessoria da empresa informou que vai recorrer da liminar concedida na segunda-feira pela 33ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) que determinou que os US$ 75 milhões fossem bloqueados para o pagamento das dívidas trabalhistas. Segundo a empresa, esses recursos se destinam à operação da Varig e, portanto, não podem ser utilizados para outros fins.
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