O procurador da República Eduardo Santos de Oliveira abriu um inquérito para apurar os empréstimos do BNDES ao Porto de Açu, que o grupo EBX, de Eike Batista, constrói em São João da Barra, no Norte Fluminense. Para o procurador, não há clareza da operação, que envolve muitos recursos públicos em uma obra que está parada e demitindo funcionários:

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"O BNDES é o banco público com função social mais definida e não entendemos esses aportes milionários. Não sabemos muito destes valores, se há garantias, qual o risco que o patrimônio público está correndo. E vemos demissões todos os dias, algo que se contradiz com o objetivo do BNDES", disse o procurador.

Ele está diretamente preocupado com o cancelamento da encomenda das plataformas OSX 4 e 5 e das plataformas fixas de produção 1, 3 e 4, que seriam destinadas a obras de instalação da petroleira OGX Petróleo e Gás. O procurador informa que isso se soma a outros problemas da obra na região, que já é alvo de uma denúncia aceita pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), do uso inclusive de milícias na desapropriação do terreno do porto.

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"A situação social na região está tão ruim que estamos, até, entrar com ação civil indenizatória coletiva contra a pessoa de Eike Batista, que prometeu um progresso único para a região", disse.

Procurados, o BNDES e a EBX ainda não se manifestaram.

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