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O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, negou nesta quinta-feira em São Paulo que tenha levado em consideração a possibilidade de se demitir do cargo em função dos desgastes provocados pela negociação de um pacote de medidas emergenciais para o setor com a equipe econômica do governo. O pacote, cujo valor, garantiu, ainda não está definido, servirá para "minimizar" o setor que chegou "ao fundo do poço" com prejuízos que chegam a R$ 30 bilhões.

- Chegamos ao fundo do poço. Nos últimos dois ou três anos a agricultura tem acumulado prejuízos que chegam a R$ 30 bilhões. O endividamento do setor agrícola é muito grande. Este é um momento de grande dificuldade em função dos compromissos financeiros. Isso tem produzido uma sensação grande de desalento - disse o ministro, que participou de almoço-palestra na Câmara Brasil-Alemanha.

Sem apresentar os valores e negando que que o pacote seja de R$ 6 bilhões, Roberto Rodrigues afirmou que as negociações para as medidas estão em andamento, mas só devem ser anunciadas na semana que vem, depois de terminadas as discussões técnicas.

- Há muitas variáveis que devem ser levadas em conta, que vão de zero a 100. Sem que sejam definidas essas marcas, tudo o que se disser antes é meramente especulativo - afirmou, informando ainda que a área de comercialização terá cerca de R$ 1,5 bilhão.

Perguntado se havia pensado na possibilidade de deixar o ministério por causa das dificuldades nas negociações, Rodrigues foi lacônico:

- Não.

Ele usou o mesmo laconismo ao responder sobre suas chances de continuar no Ministério da Agricultura atré o final do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva:

- Boas.

As dificuldades do setor agrícola do país, segundo o ministro, são provocadas pelas perdas acumuladas de renda nas últimas safras, aliada a um endividamento muito grande.

- As contas deste ano não estão fechando em várias regiões por causa da questão cambial, que faz com que alguns preços agrícolas em reais fiquem muito baixos - explicou, citando ainda a forte oferta de produtos no mercado internacional.

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