O ministro da Economia da Itália minimizou o risco de que os mercados financeiros possam punir o país na abertura dos negócios na próxima segunda-feira (30), depois de Silvio Berlusconi ter sacado seus ministros do gabinete e provocado uma crise governamental.
A atitude de Berlusconi, tomada no último sábado (28), derrubou na prática o governo do primeiro-ministro, Enrico Letta.
"Acho que a incerteza quanto à instabilidade do governo já foi precificada em boa parte durante as últimas semanas", disse o ministro da Economia, Fabrizio Saccomanni, ao jornal Il Sole 24 Ore.
Letta se encontra com o presidente Giorgio Napolitano neste domingo para discutir seus próximos passos e discursa ao Parlamento no início da próxima semana. Napolitano deixou claro ser contra a execução de novas eleições apenas sete meses após o último pleito, mas não está claro se o país pode chegar a uma nova maioria parlamentar.
Mesmo antes da medida de Berlusconi, a briga entre coalizões vinha prejudicando esforços para aprovar reformas importantes de que a Itália precisa para superar uma recessão que já dura dois anos, uma década de estagnação econômica, uma dívida pública de 2 trilhões de euros e uma taxa de desemprego de cerca de 40 por cento entre os jovens.
As renúncias dos ministros irão postergar ainda mais tais reformas.
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