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O ministro Paulo Bernardo acredita que poderá assinar o convênio para viabilizar o detalhamento do projeto do metrô em Curitiba ainda neste semestre. Em sua passagem pela cidade, ontem, o ministro do Planejamento negou que haja qualquer crise entre o governo federal e a prefeitura. Na semana passada, a prefeitura divulgou que Paulo Bernardo aproveitaria sua vinda ao Paraná para anunciar o metrô. O ministro desmentiu e disse que só o que existe até o momento é um estudo de pré-viabilidade do novo modal de transporte.

"Mas acho que vocês vão me ver assinando esse convênio com o prefeito Beto Richa, quem sabe ainda neste semestre", afirmou ontem. Segundo Bernardo, a prefeitura precisará apresentar um projeto de como pretende fazer a obra. A partir daí, o ministério avalia e decide sobre o financiamento. Os planos da prefeitura são de fazer uma linha inicial ligando o Centro à região do Pinheirinho, seguindo o traçado atual do ônibus biarticulado.

Bernardo disse que o governo federal está participando de projetos de metrôs em várias capitais, como Fortaleza, Recife, Salvador e Belo Horizonte. "Até ouvi críticas, porque Curitiba é a cidade onde eu moro e ainda não há o convênio. Mas é claro que esse não pode ser o critério", afirmou.

Para o ministro, não é papel dele dar palpites sobre se o metrô deve ou não ser construído. "Há gente que diz ser necessário, há quem diga que não deveria ser construído. Eu não quero dar a minha opinião. O certo é que existe um problema de transporte em Curitiba. Todo mundo está falando", disse.

Bernardo negou ainda que possa haver conflito de interesse na liberação de dinheiro do governo federal para o projeto. O ministro é casado com Gleisi Hofman, que disputou o Senado em 2006 e tem sido apontada pelo PT como possível candidata de oposição contra o prefeito Beto Richa nas eleições de 2006. Se liberasse dinheiro para a maior obra da gestão de Richa, Bernardo poderia dificultar o projeto eleitoral da esposa e de seu partido. "Seria muita mesquinharia pensar assim. O governo trabalha pela sociedade, e não pensando em beneficiar amigos e aliados políticos", afirmou o ministro.

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