O peso mexicano ainda tem espaço para valorização, e restrições monetárias em outros países não se mostraram eficazes em termos de controle de fluxo, afirmou neste domingo o ministro das Finanças do México, Ernesto Cordero.
No incentivado rally de moedas de países emergentes no último ano, países como Colômbia e Brasil impuseram controles de capital para limitar a afluência de fundos internacionais, mas o México resistiu a esses movimentos.
"Embora a taxa de câmbio tenha se valorizado nas últimas semanas, no longo prazo a taxa ainda mostra níveis subvalorizados", disse Cordero, nos bastidores das reuniões do Fundo Monetário Internacional.
"Não há nenhuma evidência real de que esse tipo de controle ao fluxo de capital tenha tido os resultados esperados pelas economias que os implantaram. Mesmo com o controle de capital suas moedas mantiveram o movimento de valorização. Estas são medidas que devem ser tomadas com muita cautela".
O peso mexicano teve valorização de 6 por cento no primeiro trimestre, atingindo sua maior alta em cerca de um ano e meio, decorrente de um recuo da demanda por exportações por parte dos Estados Unidos, seu maior parceiro comercial.
O Banco Central mexicano tem comprado dólares desde março para construir uma vasta reserva, se precavendo de qualquer volatilidade nos mercados globais quando os EUA começarem a elevar as taxas de juro.