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Daniel Vargas defende estímulo às incubadoras tecnológicas | Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo
Daniel Vargas defende estímulo às incubadoras tecnológicas| Foto: Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo

O governo federal estuda usar o modelo da Embrapa para dar um empurrão no empreendedorismo urbano, em especial na indústria. Segundo o ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Daniel Vargas, a ideia é que uma entidade organize uma rede unindo pesquisadores, investidores e pequenos empresários para estimular a criação de mais pequenas empresas inovadoras no país.

"A Embrapa cumpriu o papel de fazer esse meio de campo no agronegócio", disse o ministro ontem em uma reunião com representantes do setor empresarial na Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), em Curitiba. "Nosso desafio é criar uma Embrapa industrial." O ministro explica que o novo modelo teria a missão de aumentar a qualidade do empreendedorismo brasileiro, ainda pouco voltado para a inovação.

"As pequenas empresas precisam constituir uma espécie de vanguarda", explicou Vargas. Ele citou casos de sucesso como a emergência de novos negócios na Califórnia e na região de Boston, nos Estados Unidos, e no Norte da Itália, onde há centenas de negócios inovadores, mais propensos a assumir riscos, que funcionam ao redor de grandes empresas que dão sustentação à economia regional.

Além de pensar em um novo modelo de condução do empreendedorismo, Vargas diz que o governo tenta resolver outros gargalos que dificultam o avanço de pequenas empresas. Um deles é a disponibilidade de crédito adequado, em especial capital de risco para novos negócios e para empresas de alto potencial. "Também temos um projeto para formar um fundo garantidor que dará aval aos empréstimos dados a pequenas empresas", destacou Vargas.

O ministro conta também com estímulos a incubadoras tecnológicas em instituições de ensino para acelerar a transmissão do conhecimento teórico para o mundo dos negócios e com o treinamento dos pequenos empreendedores para sustentar o salto qualitativo que ele entende ser essencial para o desenvolvimento do país. "Não há política industrial para pequenos e médios empreendedores. Eles hoje são responsáveis pelas taxas de crescimento do país e precisam de uma política que integre crédito, inovação e formação", argumentou.

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