Nova Iorque - Assim como o presidente Lula, os principais ministros ressaltaram ontem, durante a reunião para investidores e analistas em Nova Iorque, que o Brasil não passará por uma recessão, e que será um dos primeiros países do mundo a sair da crise e sua economia ainda crescerá este ano.
Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, os indicadores do governo mostram que a recuperação deverá começar no segundo semestre, e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) será um dos grandes responsáveis. "O país mantém a previsão de investimentos não apenas no PAC, mas em outros programas, nos próximos anos. isto significa a injeção de US$ 567 bilhões na economia de 2009 a 2012."
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, por sua vez, afirmou que a queda nos empregos nos últimos meses não comprometerá o crescimento no volume da mão-de-obra empegada previsto para este ano. Em 2009, previu, o emprego crescerá 20%.
Os ministros e assessores passaram a tarde no fórum preocupados em mostrar que, ou a crise não afetou o Brasil na mesma magnitude que afetou outros países, ou que o país já começa a exibir sinais de recuperação. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou que o volume de crédito às exportações brasileiras alcançou, em fevereiro último, 95% do patamar do crédito no início do agravamento da crise, em outubro de 2008. E que apesar do país ter gasto US$ 14,5 bilhões das reservas internacionais, o volume total continua ao redor dos US$ 200 bilhões graças à valorização das aplicações feitas com as reservas.
Mantega lembrou que as reservas em depósitos compulsórios no BC somam R$ 160 bilhões e o atual patamar das taxas de juros, ainda elevados, servem de instrumentos adicionais de política monetária para ajudar o crescimento econômico. Ele afirmou que a queda na venda de carros em janeiro deste ano, em comparação com janeiro de 2008, foi de 8,1%, enquanto as quedas nas vendas da indústria automobilística na maioria dos países oscilou entre 20% e 40%.
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