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Ministra Marina Silva integra comitiva brasileira em busca de negócios no Fórum Econômico de Mundial.
Ministra Marina Silva integra comitiva brasileira em busca de negócios no Fórum Econômico de Mundial.| Foto: World Economic Forum / Boris Bal

Os ministros do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina, Silva, da Saúde, Nísia Trindade, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participaram nesta terça-feira (16) da primeira mesa de debate do 54º Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. O presidente Lula evitou comparecer ao evento pela segunda vez, e dessa vez, nem o ministro da Fazenda, Fernando Haddad compareceu.

Eles reforçaram que o Brasil é líder da transição energética global, e que é um lugar seguro para investimentos com frentes de produção ambientalmente sustentáveis, em especial nas áreas de alimentos, energia e saúde.

De acordo com Marina Silva, o mundo precisa acelerar os investimentos em energias renováveis para combater os efeitos das mudanças climáticas. Segundo ela, a política ambiental se tornou uma política transversal no 1º ano do 3º mandado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“O Brasil voltou e o Brasil se instalou. A partir da COP28 [Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023], temos uma decisão corajosa de colocar na agenda a transição para o fim do uso de combustíveis fósseis. Isso significa colocar o pé no acelerador das energias renováveis, que terão que ser triplicadas, com investimentos robustos”, disse a ministra do Meio Ambiente.

A ministra ainda ressaltou que o governo tem dedicado esforços por uma agenda que priorize finanças sustentáveis, bioeconomia, além da questão da nova infraestrutura e da economia circular. “Esse é o Brasil do século 21. Vamos fazer com que o enfrentamento da questão climática seja ao mesmo tempo o enfrentamento das desigualdades sociais, com um novo ciclo de prosperidade”, disse.

Já o ministro Silveira afirmou que o governo Lula quer fazer com que a transição de energia seja “justa e inclusiva”. Ele afirmou que o foco é aumentar a produção de energia eólica e solar, a fim de o país continuar sendo um “celeiro” de energias alternativas limpas.

“O G20 será uma grande oportunidade no Brasil para que a transição energética seja vista pelo mundo como uma transição que leva em consideração a economia global, a questão do combate a desigualdade”, afirmou e acrescentou que o país “avança como ninguém” na descarbonização de matrizes energéticas", declarou.

Nísia Trindade, por sua vez, disse que o Ministério da Saúde precisa ajudar no combate às mudanças climáticas: “Normalmente vemos a saúde naqueles aspectos da questão climática, ambiental e social, mas a nossa compreensão é que a saúde precisa participar do esforço de mitigação e de adaptação e que ela tem um papel muito forte", afirmou.

Marina Silva e Bill Gates

Em Davos, nesta terça-feira (16), a ministra Marina Silva se reuniu com Bill Gates, o filantropo bilionário fundador da Microsoft. Eles conversaram sobre transição energética e o bilionário reforçou o seu discurso de defesa dos investimentos em adaptação para os países alcançarem as metas de emissões zero de carbono.

Na ocasião, a ministra apresentou os destaques da agenda ambiental brasileira, falou sobre as ações de combate ao desmatamento e sobre a realização da COP 30 em Belém, no Pará, em 2025. Gates se interessou pela realização da cúpula, mas segundo à CNN Brasil, ele poderá visitar o Brasil antes da realização do evento.

“Foi uma conversa estratégica para ser desdobrada na prática provavelmente nessa visita”, comentou.

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