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Os ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, das Relações Institucionais, Tarso Genro, e da Fazenda, Guido Mantega, reuniram-se na manhã desta quinta-feira (1º), em Curitiba, para discutir com lideranças e empresários da região Sul detalhes do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Pacote que pretende impulsionar a economia brasileira.

A reunião aconteceu na sede da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e foi o primeiro encontro regional do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social. Em entrevista ao telejornal ParanáTV 1ª edição, o ministro da Fazenda, Guido Mantega explicou o que foi discutido.

"Essa reunião permite que o governo explique detalhadamente quais são os projetos que vamos realizar na região Sul. Trouxemos (projetos) portos, aeroportos, ferrovias e rodovias que vão ser construídas e ampliadas. Isso vai facilitar a expansão das atividades econômicas, vamos fazer investimentos e fazer essa região crescer muito. Isso é o que discutimos com os empresários", explicou Mantega.

O ministro também explicou que o governo foi cobrado pelos empresários. "Estamos discutindo a desoneração tributária com os empresários, é claro que uns choram mais e querem uma redução tributária maior", definiu.

A reunião ocorreu das 10h10 até por volta das 13 horas. No encontro, o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, entregou três documentos que revelam a preocupação das indústrias do Sul em relação à política econômica brasileira aos ministros. Um dos documentos pede a alteração da política cambial.

"É fundamental rever o câmbio. A política atual nos leva para uma economia que não contempla o desenvolvimento de toda a sociedade", afirmou Loures.

Os outros documentos tratam da ampliação de investimentos em infra-estrutura na região e do aprimoramento da política industrial brasileira. Em relação à infra-estrutura, o documento – um estudo do Fórum Industrial Sul, que reúne as federações das indústrias do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul – adverte para a disparidade entre a demanda por investimentos nos três estados e as obras previstas no PAC.

A necessidade do Sul, segundo os empresários, é de R$ 9,3 bilhões em investimentos enquanto o PAC prevê R$ 2,2 bilhões. O ministro Guido Mantega reconheceu que a valorização do real preocupa, mas disse que o governo não pretende lançar mão de qualquer artificialismo.

Ele anunciou cinco medidas para conter a sobrevalorização do real: reduzir gradualmente a taxa interna do juro para diminuir a diferença com a taxa do dólar; aumentar a importação a fim de reduzir o superávit comercial; aumentar as reservas para reduzir a oferta de dólar no mercado e ajudar as empresas a reduzirem custos a fim de compensar a desvantagem do custo do dólar.

Os presidentes das federações de Santa Catarina (Fiesc), Alcântaro Corrêa, e do Rio Grande do Sul (Fiergs), Paulo Tigre, também participaram da reunião com os ministros.

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