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O governo decidiu ontem reduzir de 25% para 20% o teor de álcool anidro misturado à gasolina vendida nos postos do país. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que a medida passa a valer em 1.º de outubro e ficará em vigor enquanto o governo entender que ela é necessária para evitar a escassez. O anúncio foi feito após reunião com a presidente Dilma Rousseff e com os ministros da Fazenda, da Agricultura e da Casa Civil.

Lobão afirmou ainda que a Fazenda deve anunciar nos próximos dias medidas de financiamento e desoneração para a indústria de álcool. A redução da mistura, que tenta garantir a oferta de etanol no país, ocorre após a ampliação da importação do produto dos Estados Unidos.

Em abril, o governo já havia decidido alterar o intervalo porcentual de álcool anidro que se pode adicionar à gasolina. Por meio de medida provisória, foi estabelecido o piso de 18% e o máximo de 25% de adição – a regra anterior determinava um intervalo entre 20% e 25%.

Preços recordes

Com o aumento do preço do álcool hidratado (usado nos carros flex), o consumidor migrou para a gasolina. A maior demanda pelo derivado de petróleo exigiu volume maior de anidro, cujo preço disparou.

Os preços do etanol hidratado e do anidro vendidos nas usinas atingiram o maior valor em período de safra desde 2003, de acordo com os dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP). O litro do hidratado está saindo da usina por R$ 1,24 e o do anidro por R$ 1,43, ambos sem frete e impostos. Em relação a um ano atrás, os dois combustíveis estão 50% e 48% mais caros, respectivamente.

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