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A fabricante de veículos Chrysler recorreu nesta quinta-feira (30), ao capítulo 11 da Lei de Falências americana, segundo informou um alto funcionário da Casa Branca. As negociações entre o Departamento do Tesouro e os credores da Chrysler terminaram na madrugada sem chegar a um acordo, o que obriga o fabricante de automóveis a se declarar em falência, incapaz de cumprir com suas obrigações financeiras. O presidente dos EUA Barack Obama deve fazer um pronunciamento sobre a crise das montadoras ainda nesta quinta-feira (30), às 13 horas (horário de Brasília).

Ao declarar-se em quebra, a empresa não fecha suas portas. A proteção do capítulo 11 da Lei de Falências dos EUA permite a uma companhia em dificuldades financeiras continuar funcionando normalmente, dando-lhe um tempo para chegar a um acordo com seus credores. Este procedimento significa uma vontade de reestruturação da companhia, sob o controle de um tribunal.

De acordo com o jornal "Detroit Free Press", as conversas entre o Tesouro e o consórcio de 46 bancos e fundos de investimento aos quais a Chrysler deve US$ 6,9 bilhões se "desintegraram" no início da madrugada.

Em dezembro, o governo dos Estados Unidos, ainda sob o comando de George W. Bush, liberou o empréstimo de US$ 4 bilhões para a Chrysler, além de US$ 13,4 bilhões para General Motors. No último dia 21, o governo anunciou ajuda de mais US$ 500 milhões para a Chrysler e mais US$ 5 bilhões para a GM.

Esta quinta-feira (30) era o prazo final dado pelo governo dos EUA para determinar o destino da Chrysler. A empresa negociava uma parceria com a italiana Fiat para a fabricação de veículos mais compactos. A administração Obama ofereceu até US$ 6 bilhões para ajudar a financiar a aliança, que daria à Chrysler acesso à tecnologia de carros pequenos da Fiat e à montadora italiana uma plataforma para a produção de caminhões leves, além de uma rede robusta para a venda de seus veículos nos Estados Unidos.

A última oferta da Chrysler e do Tesouro era trocar os US$ 6,9 bilhões de dívida por cerca de US$ 2,5 bilhões com dinheiro. Se a Chrysler tiver que se declarar em quebra, um juiz decidirá quanto os credores receberão e como serão os pagamentos. Os US$ 6,9 bilhões de dívida estão assegurados com as fábricas e outros ativos do fabricante.

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