No olho do furacão, as montadoras francesas tentam manter a calma no Brasil, um dos países que ainda inspiram novas oportunidades de negócio, e se concentram nas próprias divisões financeiras para disponibilizar crédito aos clientes. A estratégia é manter inabalável a ferramenta que resultou no salto das vendas de veículo recordes no país: financiamento fácil.

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O presidente da unidade brasileira da Renault, Jérôme Stoll, afirma que os financiamentos feitos pelo banco da montadora devem passar de 15% das vendas no primeiro semestre para 30%, por causa dos novos investimentos da empresa para evitar o desaquecimento das vendas.

Stoll prevê para este ano, mercado de 2,75 milhões de unidades para automóveis e comerciais leves. Atualmente, a Renault é a quinta em participação no mercado.

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Segundo ele, as perspectivas para 2009 continuam positivas. "Não tenho como especificar números, ainda é cedo. Mas acreditamos no potencial do mercado brasileiro", afirmou nesta segunda-feira (27) durante o Salão do Automóvel de São Paulo.

Sobre eventuais férias e demissões por conta da redução do ritmo produtivo, Jérôme Stoll disse que a empresa trabalha com margem de flexibilidade, em função da política de banco de horas. Segundo ele, o controle de estoques da fábrica e das concessionárias é muito importante agora. Mesmo assim, o presidente da Renault no Brasil afirma que as paralisações que começaram nesta segunda-feira apenas cumprem acordos trabalhistas e já eram previstos desde o começo do ano.

As vendas feitas por meio de crédito do Banco Peugeot também aumentaram. O presidente da marca no Brasil, Laurent Taste, diz que a porcentagem das vendas financiadas por meio da divisão financeira da Peugeot já eram de 30% e nas últimas semanas chegaram a 40%. Entretanto, Taste reforça a necessidade de o governo brasileiro também agir a favor do crédito. "O que o governo precisa fazer para ajudar o setor industrial é crédito", ressalta.

A Peugeot espera vender 90 mil unidades em 2008, crescimento de 15% sobre o ano anterior. Laurent Taste também acredita na flexibilização das fábricas do grupo PSA Peugeot Citroën no Brasil e Argentina. A companhia que opera em três turnos no Brasil tem recursos de férias e banco de horas para um possível ajuste de produção.

No que se refere à Citroën o momento é de festa , segundo o presidente da marca no Brasil, Jean-Luis Orphelin, a confiança no país continua. Até 2010, a marca atingirá o número de 150 concessionárias em 120 cidades. Neste ano, o crescimento das vendas da Citroën no Brasil superaram o patamar de 80%.

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O grupo PSA Peugeot Citroën estima um mercado interno de automóveis e comerciais leves de 2,7 milhões,assim como a Renault. Em 2009, o grupo investirá R$ 700 milhões no país e tem recurso garantidos de US$ 500 milhões até 2010, isso porque a previsão de expansão de vendas das marcas do grupo no Brasil e na Argentina é de 30%, para 260 mil unidades.