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Os carros ficaram em segundo plano na apresentação à imprensa do Salão de Detroit, nos Estados Unidos, que estará aberto para o público de 17 a 25 deste mês. Todas as atenções estavam voltadas ontem para os presidentes das "Três Grandes" norte-americanas. General Motors, Chrysler e Ford enfrentam a maior crise de suas histórias. Duas delas (GM e Chrysler), inclusive, têm ate março para apresentar seus projetos de reestruturação, dentro dos termos que permitiram a liberação da ajuda de US$ 17 bilhões.

O presidente da General Motors, Rick Wagoner, reconheceu que a empresa poderá pedir mais recursos governamentais, alem dos US$ 13,4 bilhões já liberados. Segundo ele, o montante é suficiente para a companhia se manter até março. "O valor é consistente com o que pedimos para o primeiro trimestre", afirmou. Ele revelou também que estão sendo analisados potenciais compradores para duas subsidiárias – a Hummer e a sueca Saab.

Wagoner reiterou que a GM está empenhada em fazer uma profunda reestruturação, dentro dos termos que permitiram a liberação dos recursos da Casa Branca. A companhia precisa cortar gastos em dois terços, o que incluiria redução de despesas com trabalhadores. Outro ponto que a empresa promete cumprir é o lançamento de veículos mais econômicos, menos poluentes e com melhor qualidade. Por conta disso, a GM confirmou para o fim de 2010 o lançamento do seu primeiro modelo elétrico, o Chevrolet Volt.

O presidente da Chrysler, Bob Nardelli, não falou da necessidade de recursos extras, alem dos US$ 4 bilhões liberados pelo governo norte-americano. Mas fez questão de mandar um recado para quem aposta no fim da marca."Nós estamos aqui para provar que estão errados. Temos uma companhia vibrante, que tem grande viabilidade e vitalidade", salientou o presidente da Chrysler.

Prova disso, justificou ele, é a apresentação no Salão de Detroit de cinco futuros carros elétricos, que chegam ao mercado entre 2010 e 2013. Como o presidente da GM, Nardelli promete para até março um grande plano de reestruturação da companhia, que também é dona das marcas Dodge e Jeep.

Apesar de não ter recebido recursos federais, a Ford também está empenhada em sair do vermelho. O presidente-executivo da empresa, Alan Mulally,confirmou que está negociando a venda da sueca Volvo Cars. Outra estratégia é o lançamento de modelos compactos e híbridos no mercado norte-americano. Até junho começará a ser vendido nos Estados Unidos o novo Fiesta. Além disso, em abril, a empresa inicia a comercialização do Fusion reestilizado com motor híbrido. Carros elétricos, equipados com baterias com custo de produção mais baixo, começam a ser lançados em 2011.

O jornalista viajou a convite da Associacao Nacional dos Fabricantes de Veiculos Automotores (anfavea)

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