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A estudante do Senai Curitiba Aline Pinhelli desenvolveu projeto para deficientes visuais e auditivos | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
A estudante do Senai Curitiba Aline Pinhelli desenvolveu projeto para deficientes visuais e auditivos| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Um sistema de sinalização para deficientes visuais e auditivos e uma lixeira interativa foram dois dos dez trabalhos apresentados na Mostra Inova Senai 2008, exposição paralela à Olimpíada do Conhecimento – que ocorreu durante esta semana e terá o resultado divulgado hoje à noite. A mostra reúne os melhores trabalhos desenvolvidos por alunos e professores do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de todo o país. "Para receber o diploma no fim do curso, é obrigatória a apresentação de algo inovador. Sempre incentivamos os alunos a desenvolver algo que agregue", afirma o diretor do Senai Nacional, José Manuel de Aguiar Martins.

Formada no curso de aprendizagem em Eletroeletrônica do Senai Curitiba, a estudante Aline dos Santos Pinhelli queria fazer um trabalho que ajudasse os deficientes visuais. "Conheci uma associação de pessoas com deficiência auditiva e visual e vi que elas não conseguiam atravessar a rua, que o sistema atual não é suficiente." A equipe elaborou um projeto com plataformas vibratórias, acionadas pelo sistema que já existe nos sinaleiros. A equipe não fez um orçamento de custos de implantação, mas a prefeitura de Caxias do Sul (RS) já mostrou interesse no projeto, que foi duas vezes eleito melhor trabalho em votação popular em mostras estaduais.

Já a professora de panificação e confeitaria do Senai de Maceió (AL), Josiane Veloso dos Santos, resolveu utilizar uma matéria-prima típica da região, a rapadura, para criar um novo sabor de sorvete. "Percebemos que a rapadura era abundante e ninguém valorizava. Quisemos agregar valor. Com isso, principalmente os pequenos engenhos do Nordeste serão beneficiados". Quem acha que o produto não faria sucesso em Curitiba por conta do frio, engana-se: Josiane serviu cerca de 700 copinhos de sorvete por dia aos visitantes da Olimpíada.

Para tentar incorporar hábitos favoráveis ao meio-ambiente desde cedo, alunos do curso de Eletroeletrônica do Senai de Araraquara, interior de São Paulo, desenvolveram uma lixeira didática, com sensores que identificam o material a ser descartado e "falam" para a criança onde o lixo deve ser deixado. "Desenvolvemos algo interativo e lúdico", diz o professor orientador do projeto, Sinésio Gomes, que espera implantá-lo em escolas e creches. As cinco lixeiras com o mecanismo custam R$ 2,5 mil. "Mas com algumas adaptações, conseguimos baixar em até R$ 500."

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