Apesar da crise, a movimentação de contêineres continua bastante aquecida, segundo o presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Contêineres (Abratec), Juarez Moraes e Silva. Os impactos negativos devem começar a aparecer no primeiro trimestre de 2009. "Estamos ainda recebendo produtos que foram adquiridos há dois meses, antes de a crise começar para valer."
Quando os importadores compraram as mercadorias que estão chegando agora nos portos brasileiros, o problema do setor era justamente o contrário: falta de contêineres, por conta do super-aquecimento do setor. No início de setembro, as empresas sofriam com um "overbooking" na navegação mundial: não conseguiam contêineres nem espaços nos navios. "Sempre há um gargalo na logística. Se resolvemos um, aparece outro. É a 'Teoria das Restrições'."
O gargalo atual é a lotação nos pátios alfandegários. Segundo Silva, nos principais terminais de contêineres do Brasil, como Santos, Itajaí, São Francisco e Paranaguá, o cenário é o mesmo: contêineres empilhados e espalhados por todo o canto, inclusive em áreas que eram usadas para manobras.
"Além do câmbio, que desestimula o importador a nacionalizar a carga, outro problema, ainda mais grave, é a queda na demanda. Pois, se a empresa estivesse precisando de produto, iria retirar a carga, independentemente da cotação do dólar", avalia Silva. Segundo ele, os terminais estão criando mecanismos para acomodar toda a carga e por isso o risco de as mercadorias que chegarem serem recusadas é muito pequeno. (RF)
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