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Segurança Operação Safra começa amanhã

A Operação Safra será lançada nesta quinta-feira no Porto de Paranaguá. Ela envolve o reforço do policiamento no interior do Porto, em ação conjunta com Receita Federal, Claspar (empresa de classificação de cargas) e Instituto Ambiental do Paraná (IAP). A Polícia Militar destinará 80 homens extras. A guarda portuária pretende contratar mais dez funcionários e a Polícia Civil deve manter o quadro da delegacia de Paranaguá. De acordo com o Capitão Olavo Vianei Nunes, que coordena a operação militar, o pico da safra aumenta o risco de assaltos. "Organizaremos comboios de caminhões com escolta policial", diz.

O Porto de Paranaguá completa 72 anos de atividades nesta semana com duas polêmicas no portão, ambas sem solução à vista: a volta do congestionamento de caminhões que descem a Paranaguá para deixar a carga nos navios e uma ordem de desocupação dos escritórios usados por empresas exportadoras dentro do Pátio de Triagem, dada pela administração do porto na sexta-feira passada.

A fila é a segunda do ano, começou neste domingo e vem oscilando entre 8 e 15 quilômetros de extensão. O temor do setor rural é que ela aumente no mesmo ritmo da safra de grãos, que está sendo colhida e exportada. Segundo a concessionária da BR-277, Ecovia, o fluxo diário tem sido de 5,7 mil caminhões nos dois sentidos da rodovia, quase o triplo do registrado fora do período de escoamento da safra.

Já a desocupação do pátio não foi feita nesta quarta-feira pelos cerca de 100 operadores portuários que recepcionam as cargas. O prazo terminava à meia-noite e não havia qualquer sanção prevista na ordem da Appa para seu descumprimento.

"É como dizer a uma família de inquilinos que se retire no dia seguinte", compara o presidente do Conselho da Autoridade Portuária (CAP), Hélio José da Silva, que aguarda relatório da comissão interna de operações portuárias sobre a iniciativa do superintendente da Appa, Eduardo Requião. Já o presidente da Associação Comercial de Paranaguá (Aciap), Alceu Chaves, teve negado seu pedido de reconsideração e agora aguarda avaliação do CAP, que se reúne com os operadores no dia 22. "Até lá, acredito que ninguém saia do pátio", diz Chaves.

Alceu Chaves nega a possibilidade de operadores estarem atrasando o embarque para causar filas, como retaliação à medida de Requião. Mas a Appa diz que a fila – iniciada com a chuva que paralisou o embarque de grãos no domingo – é conseqüência mesmo do descumprimento de suas ordens. Antes ainda de mandar desocupar os escritórios, a Appa determinou que caminhões carregados não cheguem ao porto se a carga não estiver vendida e com embarque agendado. A ordem de serviço também determina que os caminhões sejam cadastrados no sistema on-line, e não mais no portão de entrada.

A previsão de que o Paraná colha uma safra de grãos 27% maior do que a do ano passado faz temer o congestionamento do embarque e filas de caminhões ainda maiores do que as registradas esta semana, de acordo com a Federação da Agricultura do Paraná (Faep). Há três anos, a fila de caminhões subiu a serra, passou por Curitiba e chegou a Campo Largo. A Appa garante que o Porto é capaz de escoar rapidamente a safra, apesar de já estar operando com capacidade total no Pátio de Triagem.

Em nota, a Appa informa que está tomando medidas prévias para garantir a eficiência do escoamento, com manutenção dos berços de atracação do Corredor de Exportação e de equipamentos.

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