Seja qual for o campeão no domingo, a Copa do Mundo parece ter dado mais fôlego à alemã Adidas na bilionária disputa paralela com a norte-americana Nike. Os números mostram uma disputa acirrada pela liderança, com alguma vantagem para os alemães enquanto o resultado final do Mundial, para a Adidas, se assemelha mais à acachapante goleada de 7 a 1 sofrida pela seleção brasileira diante da alemã na histórica semifinal da última terça-feira.
"Teremos um evento todo Adidas no domingo", comemorou ontem Roland Auschel, membro do Conselho Executivo do Grupo Adidas responsável por vendas globais, referindo-se à final entre Alemanha e Argentina. Além das duas seleções, a Adidas patrocina 15 jogadores que estarão em campo, segundo Auschel. "Somos claramente os líderes em futebol", afirmou.
No balanço perto do fim do Mundial, a Adidas manteve a projeção de faturar 2 bilhões de euros no segmento futebol, turbinada pela venda de 8 milhões de camisas de seleções e 14 milhões de unidades da Brazuca, a bola oficial da Copa, desde o lançamento dos produtos, entre novembro e dezembro do ano passado.
Já a Nike faturou US$ 2,270 bilhões (1,670 bilhão de euros) no segmento futebol no ano fiscal de 2014 (encerrado em maio). A receita bruta nessa categoria cresceu 18% em dólares, em relação ao ano fiscal anterior. O faturamento total da empresa foi de US$ 27,8 bilhões contra 14,492 bilhões de euros da Adidas em 2013, equivalente a US$ 19,719 bilhões.
"Somos a marca número um até na Alemanha, que é um mercado estratégico para nós", disse o diretor de comunicação da Nike no Brasil, Alexandre Alfredo.
Finalíssima
A Nike começou a Copa na frente, vestindo dez das 32 seleções participantes do Mundial. A Adidas tinha nove e mais o patrocínio oficial a parceria com a Fifa começou em 1970 e está garantida até a Copa de 2030.
No entanto, enquanto a marca alemã domina a final, a concorrente verá suas principais seleções, Brasil e Holanda, disputando o terceiro lugar.
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