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Questionada na manhã deste sábado (23) sobre a demora do governo em adotar medidas que acelerem o crescimento da economia brasileira, a presidente Dilma Rousseff abriu um sorriso e pediu: "Acalmem-se".

Depois de uma série de medidas de desoneração tributária e incentivos fiscais, a economia brasileira resiste em crescer na velocidade que o governo gostaria. Além da frustração com o "pibinho", a inflação persistente também preocupa.

Em visita à Nigéria, Dilma se mostrou impressionada com a quantidade de ministras mulheres no governo de Goodluck Jonathan, com quem se encontrou na capital Abuja. Apresentada a cinco das dez ministras nigerianas, Dilma destacou que "a das Finanças" é mulher. A presidente Dilma esticou a viagem à África para fazer negócios com o país, que é o maior parceiro comercial brasileiro no continente. Os nigerianos querem, além de mineradoras brasileiras, ajuda do governo Dilma para melhorar linhas de transmissão de energia. Mais da metade dos US$ 14,2 bilhões gastos pelo Brasil na África em 2012 vieram da Nigéria --nosso principal fornecedor de petróleo e gás no continente africano.

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Depois de 15 anos de presença da Petrobras no país, o governo brasileiro discute a possibilidade de diversificar os produtos negociados. Os nigerianos querem que o Brasil lhes ajude a expandir linhas de transmissão e geração de energia elétrica, a processar alimentos como a mandioca e também formação profissional.

"Eles têm dinheiro. Esse país produz petróleo numa quantidade inequívoca", disse Dilma, de olho na possibilidade de abrir portas para iniciativas do governo e também para empresas brasileiras não apenas na Nigéria como em toda a África. Para a presidente, o grande trunfo do Brasil é ser olhado de forma amigável pelos africanos. "Nós não nos achamos superiores a ninguém. Não somos vistos como um país que chega e impõe, que acha que é dono da razão e chega de nariz em pé", disse. Hoje, o presidente Jonathan deixou claro o apreço pelo Brasil. Chamou Dilma de "irmã" e que ela é "alguém em que se pode confiar".

No caso da Nigéria, o país tem uma balança comercial superavitária, mas enfrenta dificuldades para fazer avançar indústrias e obras de infraestrutura. A Nigéria, por exemplo, é um dos maiores exportadores de petróleo do mundo, mas não produz combustível.

A Petrobras , segundo Dilma, vai ampliar as atividades num dos maiores países africanos e pode ajudar na construção de uma refinaria.

Dilma e Jonathan assinaram neste sábado acordo para estreitar os laços entre os dois países, que prevê consultas e reuniões anuais. Depois de três dias na África, a presidente tem retorno para o Brasil previsto para a tarde deste sábado.

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