Centro de pesquisas do Boticário, em São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba): grupo paranaense é um dos idealizadores do movimento “Não Demita”.| Foto: Marcelo Andrade/Arquivo/Gazeta do Povo
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Mais de 3,3 mil empresas brasileiras já aderiram ao movimento "Não Demita", um compromisso de manter os quadros de pessoal por pelo menos dois meses, em meio à crise econômica provocada pelo coronavírus.

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O movimento surgiu pouco depois de empresários conhecidos do público – como Luciano Hang, da Havan, e Junior Durski, do Madero – criticarem publicamente as medidas de isolamento, citando a possibilidade de desemprego em massa ou mesmo anunciando demissões.

O presidente do conselho da Ânima Educação, Daniel Castanho, lançou a ideia do "Não Demita" no fim de março, em conversas com outros empresários, e o site da campanha foi ao ar em 3 de abril. É nele que as companhias interessadas podem aderir.

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Quarenta e uma empresas são apontadas como idealizadoras do manifesto, a maioria de grande porte. Elas empregam cerca de 1,1 milhão de pessoas, segundo estimativa do jornal "Valor Econômico".

"Esta é uma convocação de empresário para empresário. A primeira responsabilidade social de uma companhia é retribuir à sociedade o que ela proporciona a você – começando pelas pessoas que dedicam suas vidas, todo dia, ao sucesso do seu negócio. É por isso que nossa maior responsabilidade, agora, é manter nosso quadro de funcionários", diz o site da iniciativa.

A página do "Não Demita" afirma que a crise "tem data para acabar" e propõe aos empresários "juntos construir a travessia até o fim de maio". A convocação aponta que o custo de demitir um funcionário muitas vezes é maior que dois meses de salário.

"Se você já foi fortemente afetado pela crise ou está passando por dificuldades financeiras na sua empresa e realmente não tem caixa para evitar demissões, ainda assim, pare uns minutos e reflita", diz o texto. "Desligar gera um custo imediato, muitas vezes maior que dois meses de salários, e há linhas de crédito e outras soluções que estão sendo criadas todos os dias para ajudar as empresas a atravessar a tempestade."

O site afirma que o apelo é para que se evite as demissões em massa e, por isso, não envolve dispensas por justa causa ou mau desempenho ou mesmo relacionadas ao "turnover" (rotatividade) normal de cada empresa.

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Até o início da tarde desta quinta-feira (16), 3.303 companhias haviam assinado o manifesto. Confira a relação:

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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