A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira (27) que "não é admissível" que se especule sobre racionamento de energia elétrica e reafirmou que há "segurança energética no país". Em fala de quase 50 minutos na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no Palácio do Planalto, ela criticou "as vozes que agora se calam", que, segundo ela, criaram instabilidade ao anunciar risco de apagão no país.
"O que não é admissível é que se crie instabilidade onde não há instabilidade. Não é admissível que se diga que vai haver racionamento quando não vai haver racionamento. As mesmas vozes que disseram em dezembro e janeiro se calam, e a consequência é nenhuma", disse Dilma. Segundo ela, esse tipo de especulação "altera a vida" das empresas e das pessoas e "se coloca uma expectativa negativa gratuita para o país".
Racionamento
O governo, desde o ano passado, tem adotado o discurso de que não há qualquer risco de racionamento. Diante de mudanças no regime de concessão das elétricas, anunciado no ano passado, as empresas do setor têm se queixado repetidamente de prejuízos decorrentes da redução compulsória da tarifa e do acionamento de usinas térmicas, com custo mais alto do que as de matriz hídrica. O receio do mercado é que isso afete o fornecimento de energia para as várias regiões do país."Nós temos condição de reduzir o custo de energia sem romper um único contrato. Porque este é um instrumento estratégico para o país. Custo de energia alto é algo negativo", disse. "Despachar térmica é parte do ofício. Todos nós aqui defendemos que não podemos construir reservatórios imensos. Para não construir, nós vamos ter que usar térmicas. Isso está previsto. O sistema é hidrotérmico", completou.
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