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Carta

As principais entidades empresariais da Argentina redigiram em conjunto um documento pedindo políticas de Estado para diversas áreas e um plano efetivo de combate à inflação no país. A carta, assinada por 38 associações, solicita, entre outras coisas, a aplicação de "medidas macroeconômicas que ataquem o problema de maneira geral" e que proporcionem novos investimentos no país. Também pede a eliminação de medidas que limitem ou restrinjam as exportações.

Mais uma vez uma reunião entre representantes do Brasil e da Argentina terminou sem avanços de destaque para resolver os problemas comerciais bilaterais, entre eles as barreiras alfandegárias do governo da presidente Cristina Kirchner contra produtos Made in Brazil, a queda nas exportações automotivas brasileiras para o mercado argentino, além das várias vezes anunciada criação de linhas de financiamento para exportadores.

A reunião foi realizada ontem, entre o ministro Mauro Borges da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior (MDIC) do Brasil, e o ministro da Economia da Argentina, Axel Kicillof, a ministra da Indústria, Débora Giorgi, e o secretário de Comércio, Augusto Costa, além do presidente do Banco Central argentino, Juan Carlos Fábrega. Segundo fontes, a reunião com os argentinos ocupou uma hora do ministro Borges, que permaneceu em Buenos Aires um total de cinco horas e partiu sem falar com a imprensa.

Fontes do lado brasileiro indicaram que "na terça ou quarta-feira da semana que vem em São Paulo" ocorrerá uma nova reunião de autoridades de ambos países, em conjunto com representantes da Associação de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e da Associação de Fabricantes de Automóveis da Argentina (Adefa). "Os dois governos vão equalizar uma proposta conjunta para o financiamento de exportações", explicou a fonte de forma genérica.

Regime

Entre os assuntos pendentes, os dois governos possuem um curto prazo para definir o novo regime automotivo, renovado pela última vez em 2008, que vence em julho. O regime estabelece um comércio administrado e impede o livre comércio de veículos, na contramão do que estava previsto originalmente pelo Mercosul, que havia determinado o fim das barreiras comerciais entre os países sócios a partir do ano 2000.

As reuniões para definir o novo regime automotivo estavam previstas inicialmente para o segundo semestre de 2012. Mas a agenda atrasou e – apesar do escasso tempo que resta – ainda não foram definidos os parâmetros do novo regime automotivo Brasil-Argentina.

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