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Altima, sedã da Nissan lançado no Salão de São Paulo: empresa quer ultrapassar a Honda e se tornar a maior montadora asiática no mercado brasileiro | Antônio More/Gazeta do Povo
Altima, sedã da Nissan lançado no Salão de São Paulo: empresa quer ultrapassar a Honda e se tornar a maior montadora asiática no mercado brasileiro| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo
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Renault-Nissan

O Up!, exposto em São Paulo, pode ser fabricado no Paraná

Aliança entre montadoras aposta em compartilhar para crescer

Para reduzir custos, o vice-presidente sênior para as Américas da Renault, Denis Barbier, disse que a intenção da companhia é acelerar os ganhos da aliança com a Nissan, com o desenvolvimento conjunto de peças, compartilhamento de compras e até mesmo das fábricas, inclusive da nova unidade da Nissan em Resende (RJ). Um dos objetivos é tornar a empresa mais competitiva nos mercados de exportação – a filial brasileira perdeu recentemente as vendas do Sandero para o México, que passaram a ser realizadas pela fábrica na Colômbia. O presidente da Renault Brasil, Olivier Murguet, diz que a recente decisão do governo federal de reduzir o preço da energia vai provocar uma queda substancial nos custos de produção.

Com a inauguração da fábrica de Resende (RJ), em 2013, a sede da Nissan no Brasil será transferida do Paraná para o Rio de Janeiro. É de lá que a empresa passará a traçar suas estratégias no país a partir do ano que vem.

A Nissan tem como meta se tornar a maior marca asiática no mercado automotivo do Brasil em 2016 – hoje ela tem 3,2% do mercado e está atrás da também japonesa Honda. "Sucesso no Brasil é vital para nosso plano de crescimento global", disse o vice-presidente mundial de criação da Nissan, Shiro Nakamura.

A unidade fluminense, em fase de construção, receberá investimento de R$ 2,6 bilhões. Nela será produzido o hatch compacto March, hoje importado do México. A fábrica compartilhada com a Renault, em São José dos Pinhais vai manter a produção da família Livina e da picape Frontier.

Renault

A Renault deve fechar o ano com um crescimento de 25% em suas vendas no Brasil, quase cinco vezes o avanço médio do setor (5,5%), mas ainda pairam dúvidas sobre como o mercado vai se comportar em 2013.

O presidente da Renault do Brasil, Olivier Murguet, prevê que a parada na produção em dezembro e janeiro – para as obras de expansão da fábrica de São José dos Pinhais, na região de Curitiba – devem ter impacto sobre as vendas. A unidade, que trabalha em três turnos e ocupa 100% da capacidade, não conseguirá formar estoques suficientes para fazer frente à demanda durante a interrupção da produção.

"Teremos que fazer em dez meses o que faríamos em doze. Com isso, o nosso ritmo de crescimento deve ser menor que em 2012. Vamos avançar acima do mercado, mas abaixo do que vimos neste ano", disse ele ontem a grupo de jornalistas no Salão de São Paulo.

Segundo Murguet, ainda não se sabe como a econo­mia e o mercado vão se comportar sem a redução sobre o Imposto sobre Produtos Indus­trializados (IPI) – que, teoricamente, termina neste mês. "Sem a redução do IPI, o mercado teria tido queda neste ano", diz. "Geralmente nessa época já temos uma ideia do que esperar do próximo ano, mas desta vez não conseguimos um quadro mais claro."

A Renault está investindo R$ 1,54 bilhão em sua fábrica, para elevar a capacidade de produção em 100 mil veículos, para 390 mil unidades por ano a partir de 2013. O objetivo é alcançar 8% do mercado até 2016 – ou 10%, considerando as vendas da parceira Nissan. A marca francesa detém hoje 6,8% das vendas no Brasil.

A jornalista Cristina Rios viajou a convite da Renault.

Volkswagen "ignora" Paraná

Roberto Massignan Filho

O Paraná foi ignorado ontem pela Volkswagen. A empresa, que na semana passada chegou a avisar que a fábrica de São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba) voltaria a receber investimentos após um acordo com o sindicato dos trabalhadores, não foi nem sequer mencionada pela direção da montadora durante o Salão do Automóvel.

É quase certo que a fábrica deve passar a fabricar um novo modelo. Mas a Volks apenas anunciou um investimento de R$ 427,8 milhões para o setor de pintura da fábrica de Taubaté (SP), e R$ 315 milhões para a unidade de São Carlos (SP), que fabrica motores. Os aportes fazem parte do pacote de R$ 8,7 bilhões anunciados pela companhia para o período de 2011 a 2016.

Os executivos da Volks não mencionaram previsão de lançamento para o compacto Up!, um dos modelos que poderia vir a ser fabricado no Paraná. A marca preferiu destacar o lançamento mundial do conceito do utilitário esportivo compacto Taigun, que seria o próximo concorrente do Renault Duster; a nova geração do Fusca, já à venda, custando R$ 76.600, com câmbio manual, e R$ 80.990, com automatizado; e a versão duas portas do Novo Gol. O carro chega às lojas, custando a partir de R$ 26.690, com motor 1.0, e R$ 30.590, com motor 1.6.

O jornalista viajou a convite da Anfavea.

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