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O ano começou pouco animador para a classe empresarial do Paraná. O nível de confiança e otimismo dos empresários paranaenses no desempenho dos negócios neste primeiro semestre é o pior desde 2001. Na média geral, apenas 39% estão confiantes em relação aos resultados que podem obter na primeira metade deste ano ante 61,2% no mesmo período de 2014. Os dados são da Pesquisa de Opinião do Empresário do Comércio, da Federação do Comércio de Bens, Serviços Turismo (Fecomércio-PR).

Embora seja um cenário de curto prazo, 28% dos empresários do Paraná ainda não sabem o que esperar dos negócios no primeiro semestre de 2015 e 6% estão indiferentes sobre o andamento das vendas. No grupo dos pessimistas, 27% acreditam que o faturamento ficará abaixo do registrado em 2014, um ano difícil para a maioria das empresas.

Esta é a primeira vez em que foi constatado um índice de expectativa favorável abaixo de 50%. A última edição da pesquisa, correspondente ao segundo semestre de 2014, já havia sido a pior da série histórica, quando apenas metade dos empresários acreditava que teria boas vendas no semestre.

Entre as regiões do estado, o nível de otimismo chegou a 60% no Sudoeste, onde apenas 13% esperam meses ruins pela frente. Por outro lado, a região Oeste demonstrou o pior índice de confiança para o primeiro semestre, com 43% de respostas negativas e 27% favoráveis. Na região Norte, 42% das empresas estão esperançosas e 25% pessimistas.

Setores No comparativo entre os setores de comércio e serviços, os graus de insatisfação e de otimismo são muito semelhantes. A expectativa para os próximos seis meses é favorável para 38,4% dos prestadores de serviços e para 38,3% dos varejistas, números inferiores aos registrados no segundo semestre de 2014, quando o otimismo era de 57% no setor de serviços e 46% no comércio. Os que divergem dessa opinião e esperam por meses desfavoráveis chegam a 27,2% entre as empresas de prestação de serviços e 27,36% no comércio.

Apesar do pessimismo, a maioria das empresas deve recorrer às demissões somente em último caso. De acordo com a pesquisa, 63% das empresas pretendem manter o quadro de funcionários no próximo semestre; 16% planejam aumentar o número de colaboradores; e 15% devem fazer cortes.

Embora as expectativas sejam pouco otimistas, 39% das empresas pretendem fazer novos investimentos, que devem se concentrar em instalações (34%), equipamentos (27%), capacitação de colaboradores (23%) e propaganda (22%).

Desafios

Para elevar o faturamento no primeiro semestre deste ano, quase 60% dos empresários veem como principal desafio e elevada carga tributária. As demais dificuldades são decorrentes da inflação em alta (56%), aumento do custo das mercadorias (43%), consumidores descapitalizados (36%), escassez de mão de obra qualificada (28%), concorrência informal (20%), entre outros.

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