A Bolsa brasileira encerrou as atividades nesta terça-feira (22) em alta, na expectativa da pesquisa eleitoral realizada pelo Ibope sobre a eleição presidencial que será divulgada na noite desta terça (22).
O Ibovespa, principal índice acionário do país, subiu 0,61%, aos 57.983 pontos, com um giro financeiro de R$ 6,690 bilhões.
A divulgação das pesquisas eleitorais vem dando ânimo ao mercado, segundo Roberto Indech, analista da Rico Corretora. No último fim de semana, a pesquisa feita pelo instituto Sensus foi um dos principais fatores a elevar os preços de ações de estatais, pois mostrou a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB) tecnicamente empatados em um eventual segundo turno.
O desempenho das ações do BR Malls chamou a atenção e liderou as altas na bolsa, com valorização de 7,46%, para R$ 2,44. Já a BR Properties subiu para R$ 15,38, em alta de 6,43%. Segundo o analista, o setor de shoppings centers foi influenciado pela queda da curva de juros futuros, o que pode indicar uma perspectiva de corte nos juros e pelas prévias internacionais do setor.
Além disso, o bom resultado registrado pelas empresas de varejo também foi influenciado pela curva de juros futuros e pela prévia da inflação, divulgada nesta terça (22), de acordo com Indech. Os papéis das Lojas Americanas subiram 4,25%, a R$ 14,95.
O IPCA-15 mostrou uma desaceleração nos preços, com alta de apenas 0,17% em julho, ditada sobretudo pelo comportamento dos alimentos e veio em linha, ou até melhor, do que o mercado esperava, segundo Indech. Houve também uma trégua na aversão de risco nos EUA e Europa acerca das questões geopolíticas na Ucrânia e na Faixa de Gaza.
Já as ações de estatais costumam ser mais influenciadas pela divulgação de pesquisas eleitorais. Os papéis preferenciais da Petrobras, mais negociados, tiveram alta de 0,72%, a R$ 21,05, enquanto que as ações ordinárias da empresa, com direito a voto, registraram 0,05% de alta, a R$ 19,48.
Entre as baixas do dia, a MMX liderou, com queda de -6,21%, a R$ 1,36, já que, de acordo com Indech, a mineradora colocou a venda os principais ativos da companhia. Distribuidoras de aço e siderúrgicas também passaram o dia com grande variação, por registrarem uma maior cautela quanto ao resultado das pesquisas eleitorais.
Elétricas
O setor elétrico apresentou bons resultados nesta terça-feira (22), após o anúncio de que o governo federal irá injetar mais verba no setor. O diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Romeu Rufino, confirmou a operação do governo para injetar mais R$ 6,5 bilhões no setor elétrico.
A medida será feita por meio de um financiamento bancário da ordem de R$ 3,5 bilhões, além de um empréstimo via BNDES.
As ações da Eletropaulo subiram 3,62%, a R$ 11,44, acompanhadas por Light (+2,57%, a R$ 22,75), EDP (+2,31%, a R$ 11,53%), Cemig (+2,05%, a R$ 19,92) e Copel (+1,69% a R$ 38,59). A exceção do setor ficou por conta da Eletrobras, que caiu 1,58%, para R$ 6,84 e Usiminas, que registrou queda de -2,29%, a R$ 8,11.
Dólar
No mercado de câmbio, O dólar comercial, usado para transações de comércio exterior, fechou em R$ 2,212, com queda de 0,53% nesta terça-feira (22). Já o dólar à vista, referência para as negociações no mercado financeiro, recuou 0,45%, para R$ 2,211.
Além disso, o Banco Central deu continuidade ao seu programa de intervenções diárias no câmbio, por meio do leilão de 4.000 swaps cambiais (operação que equivale a uma venda futura de dólares), sendo 3.000 com vencimento em 2 de fevereiro de 2015, por um total de US$ 149,2 milhões e 1.000 para contratos que vencem em 1º de junho de 2015, por US$ 49,5 milhões.
-
Deputada norte-americana defende que EUA retirem visto de Moraes; leia entrevista exclusiva
-
Nova projeção aponta possibilidade de cheia ainda maior do Guaíba em Porto Alegre
-
De Neymar a dona Ieda: conheça histórias de heróis sem farda em meio à tragédia no RS
-
Lula posta vídeo e diz que mães do Rio Grande do Sul não estão sozinhas
Aposentados de 65 anos ou mais têm isenção extra de IR, mas há “pegadinha” em 2024
Esquerda não gostou de “solução” para o rombo compartilhada por Haddad; o que diz o texto
A “polarização” no Copom e a decisão sobre a taxa de juros
Bolsonaro 5 x 4 Lula: BC se divide sobre juros e indica rumo após saída de Campos Neto