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Apenas 3% usa o sistema oficial de crédito

Mais da metade dos empreendedores brasileiros utilizam recursos próprios ou de sua família na hora de abrir um negócio, informa a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) referente ao ano de 2008, divulgada ontem. Em contrapartida, apenas 3% dos empreendedores recorreram ao sistema de crédito oficial no ano passado para abrirem seus negócios. O porcentual dos empresários de pequeno porte que recorreram em 2008 ao sistema financeiro é inferior ao registrado em 2007, que ficou em 9%.

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São Paulo - O Brasil ficou em 13º lugar no ranking do empreendedorismo na edição de 2008 da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), divulgada ontem, em São Paulo. A taxa de empreendedores em estágio inicial (TEA) do país ficou em 12,02%. Em primeiro lugar, ficou a Bolívia, com uma taxa de 29,82%. Em segundo, ficou o Peru, com 25,57%. Em 2007, o Brasil estava em nono lugar na lista. Um total de 43 países foi pesquisado pelo Instituto GEM – no Brasil, o estudo foi elaborado pelo Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP).

Entretanto, a coordenadora do levantamento no Brasil, Simara Grecco, fez um alerta contra a comparação com base anual, evitando dizer que o país caiu da nona para a 13ª posição na relação. De acordo com Simara, houve uma mudança no número de nações pesquisadas entre 2007 e 2008, o que dificulta a confrontação nessa base.

Simara prefere o confronto do Brasil com os países-membros do G 20 (os mais ricos e os principais emergentes), que possuem um nível de desenvolvimento semelhante ou superior ao do Brasil.

Neste recorte, o Brasil ficou em terceiro lugar, abaixo apenas da Argentina, que obteve uma taxa de 16,5%, e do México, com 13,1%. "O Brasil já passou pela fase de altas taxas de empreendedorismo, característica de países muito pobres, como Bolívia, Peru e Angola. Nós estamos no mesmo patamar do México, Chile e Uruguai", destacou o diretor-técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Luiz Carlos Barboza – a entidade é um das parceiras na elaboração da pesquisa no país.

Barboza acrescentou que a taxa de empreendedorismo brasileira está também próxima das obtidas pelo Uruguai (11,9%), Chile (13,08%) e Índia (11,49%). O professor Marcelo Neri, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), ao comentar o levantamento, chamou a atenção para a correlação entre as taxas de informalidade e empreendedorismo, que, de acordo com dados do Banco Mundial (Bird), são lideradas pelo mesmo país, a Bolívia.

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