A geração de empregos caiu 25,9% em âmbito nacional e apenas 9,8% no Paraná na comparação entre o primeiro semestre deste ano com o de 2011. O saldo estadual de novas vagas passou de 98 mil para 89 mil.
Essa diferença deve-se a uma melhor performance nos setores em situação mais crítica. Em âmbito nacional, indústria, comércio e agropecuária geraram neste ano metade das vagas criadas em 2011. No Paraná, a indústria estadual contratou 21% menos, o comércio -6% e a agropecuária manteve o ritmo de admissões.
O mercado de trabalho no setor de serviços, que mais emprega no Brasil, também foi mais animador no Paraná. Criou-se 100 mil vagas a menos em âmbito nacional (-16% em relação à primeira metade de 2011). No estado, esse índice foi de 1,7%.
O economista Cid Cordeiro, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (Dieese) no Paraná, explica que o desempenho paranaense na geração de empregos acima da média nacional é histórico. "É comum ter um resultado um pouco melhor. No entanto, o câmbio e o otimismo do empresariado favoreceram a queda menos intensa."
De acordo com o Dieese, os principais subsetores que seguraram o desempenho local foram o dos hotéis e restaurantes, o do comércio varejista e o da indústria de alimentos e bebidas. Com os quase 90 mil novos empregos, o número estimado de trabalhadores com carteira assinada no Paraná chegou a 2,6 milhões.
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