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Os mercados financeiros viraram o semestre em tom negativo e sem melhores perspectivas para os próximos meses. A Bovespa ocupou a posição de pior aplicação do mês e também do semestre, com queda de mais de 11%, enquanto as aplicações de renda fixa superaram por pouco a inflação do período.

O pano de fundo não parece animador: embora o nervosismo inicial tenha amainado, ainda há apreensão pela crise na Europa; nos EUA, uma sequência de números frustrantes sobre empregos e imóveis jogou água fria nos mais otimistas sobre a recuperação do país. Ontem esse roteiro foi reforçado pelas estimativas da consultoria ADP, que apontou a abertura de somente 13 mil vagas em junho.

Investidores acompanham com atenção esses números, de olho nos dados oficiais de emprego ("ponto fraco" da retomada americana), previstos para amanhã. Como a estimativa (parcial) dessa consultoria ficou abaixo das expectativas, investidores continuaram a não ver motivos para voltar às compras.

A Bolsa de Nova York caiu 0,98%; a Bovespa teve perda de 1,68%, enquanto na Europa as ações subiram apenas 0,05% em Londres e 0,2% em Paris e Frankfurt. Já o dólar devolveu parte da forte alta de terça e recuou 0,38%, para R$ 1,804.

O contexto não foi favorável para a bolsa de valores, que teve um mês e um semestre difíceis, com perdas de 3,35% e 11,2%, respectivamente. De longe, foi a pior aplicação dos dois períodos e, para analistas, ainda há poucas chances de recuperação no curto prazo.

Ouro

Na outra ponta, o ouro despontou novamente como melhor retorno de junho (3,47%) e nos seis meses (20,16%), confirmando seu caráter de refúgio em tempos adversos. A moeda americana também acumula ganho no semestre (3,5%), mas encerrou em queda (0,9%).

Entre as aplicações mais conservadoras, a renda fixa mostrou pouca folga neste mês sobre a inflação do período (0,85%, IGP-M), um dado negativo considerando as taxas e os impostos que incidem sobre os produtos do varejo bancário. A taxa do CDB teve retorno de 0,78% no mês e de 4,45% no ano, enquanto o CDI oscilou 0,78% em junho e 4,29% nos seis meses. A poupança, aplicação mais popular do país, teve ganho de 0,55% no mês e de 3,23% em 2010.

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