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A gigante americana e as 10 maiores brasileiras |
A gigante americana e as 10 maiores brasileiras| Foto:

O volume de crédito oferecido pela gigante norte-americana CHS para financiamento de produtores ligados à Cooperativa Mista Agropecuária do Brasil (Coopermibra), com sede em Campo Mourão (Noroeste do estado), deve dobrar de tamanho na próxima safra e consolidar de vez a parceria entre as duas cooperativas. A CHS tem 350 mil associados e é uma das maiores dos Estados Unidos.

O presidente da Coopermibra, Henning Daer, prefere não revelar os valores envolvidos na parceria que, segundo ele, já existe há mais de três anos, mas diz que a recente visita de uma equipe da cooperativa brasileira à sede da norte-americana vai aproximá-las ainda mais. "Fomos muito bem recebidos e, certamente, nosso relacionamento vai ficar muito melhor. Eles têm interesse em aumentar a parceria, e nós também."

A Coopermibra tem cerca de 6,2 mil produtores filiados – que recebem recursos das tradings e, assim, se comprometem a entregar sua safra a elas. A CHS deve repassar para a cooperativa paranaense recursos a taxas de juros bem mais competitivas do que as do mercado nacional. Os produtores também podem obter até 5% na redução dos gastos na compra de insumos.

Além do financiamento, a Coopermibra vê na CHS uma porta de entrada para vários mercados externos, já que ela tem atuação global. "No Brasil, no entanto, ela ainda não tem uma participação tão grande. Mas eles sabem que não podem ficar de fora daqui, afinal, somos o segundo maior fornecedor de soja do mundo."

Com a parceria, a CHS deve elevar a compra de grãos no Brasil e consolidar um projeto de investimentos por aqui – o que, segundo fontes do mercado, deve superar a marca de US$ 1 bilhão. Segundo a cooperativa norte-americana, a parceria não envolve apenas uma relação de compra e venda de mercadorias, mas uma aliança para solucionar problemas e estudar oportunidades de investimentos para os dois lados. A parceria atual, que vai do fomento da produção à comercialização de soja e milho, deve se expandir para fertilizantes, sementes e agroquímicos.

Nos Estados Unidos, a CHS atua nas áreas de energia, insumos, produção de grãos e processamento de alimentos – cadeia que ela pretende repetir também no Brasil. A CHS já tem investimentos conjuntos com a brasileira Multigrain e com a japonesa Mitsui, no oeste baiano, na produção de grãos, processamento de óleos vegetais e planos para a produção de biodiesel e de álcool.

A cooperativa tem operação em praticamente todo o território norte-americano, na América Latina e na Europa e sua receita deve chegar a US$ 30 bilhões este ano (R$ 49,89 bilhões). A Coopermibra recebe atualmente 600 mil toneladas de grãos, montante que deve saltar para 1 milhão de toneladas em três anos.

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