De acordo com a consultoria global IDC, a Amazon ultrapassou a Samsung no quarto trimestre de 2017 e se tornou a segunda maior fabricante de tablets do mundo. A primeira posição continua sendo da Apple.
No período analisado, a Amazon comercializou 7,7 milhões de tablets da linha Kindle Fire, um crescimento de 50,3% em relação ao mesmo trimestre de 2016, quando o volume chegou a 5,2 milhões de dispositivos. A Samsung, que até então ocupava a vice-liderança, teve uma queda de 13%, caindo de 8 para 7 milhões de tablets vendidos.
A Apple, que segue na liderança, teve um ligeiro aumento na demanda pelo seu iPad: foi de 13,1 milhões no quarto trimestre de 2016 para 13,2 milhões em 2017, ou 0,6%.
No geral, o mercado de tablets encolheu 7,9% no quarto trimestre de 2017 e 6,5% no acumulado do ano. Foi o 13º mês consecutivo em que a categoria apresentou queda nas vendas.
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A IDC diz que a demanda pelos destacáveis, tablets que podem ser acoplados a teclados externos, como o iPad Pro e o Surface Pro, da Microsoft, aumentou em 10,3% no trimestre e, durante todo o ano de 2017, em 1,6%. Mesmo assim, a pequena alta foi incapaz de conter a retração face ao desinteresse do consumidor pelos tablets convencionais, que, mesmo estagnados, ainda respondem pela maior fatia dos tablets vendidos — no quarto trimestre, foram 43,1 milhões de unidades desse tipo e apenas 6,5 milhões das de destacáveis.
O caminho para o crescimento, ainda segundo a consultoria, parece ser o dos destacáveis. O Windows 10 compatível com processadores ARM, modelo mais comum em tablets, deve manter a trajetória ascendente dos tablets destacáveis. Quanto aos convencionais, a IDC diz que eles foram, em grande medida, “relegados a simples dispositivos de consumo de mídia” e que, com margens de lucro curtas, a maioria das fabricantes deverá usá-los como vitrine para outros serviços ou apenas para promover a marca com uma linha de produtos maior.
A linha de tablets da Amazon, conhecida como Kindle Fire, oferece produtos com telas que vão de 7 a 10 polegadas e usam o Fire OS, uma variante do Android que não conversa com o ecossistema do Google. Ela é vendida apenas em alguns países — o Brasil ainda não está entre eles — e é reconhecida pela crítica especializada como o melhor custo-benefício do mercado.
Tablets no quarto trimestre de 2017
Tablets no ano de 2017