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Superdigital, novo app para a conta digital do Santander |
Superdigital, novo app para a conta digital do Santander| Foto:

Pouco mais de dois anos após ter entrado no segmento de contas 100% digitais ao adquirir a startup paulista Contasuper por R$ 150 milhões, o Santander relança a sua plataforma de conta digital. Chamada de Superdigital, a ferramenta permite fazer transações financeiras online e oferece cartões pré-pagos físicos e virtuais aos clientes. O lançamento vai na contramão do setor, já que Banco do Brasil, Bradesco e Itaú anunciaram recentemente o encerramento das contas que funcionam exclusivamente pela internet.

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A ferramenta já nasce com um milhão de clientes oriundos da Contasuper e o objetivo do banco é que o número de usuários da Superdigital chegue a 10 milhões de pessoas nos próximos cinco anos. A empresa mira clientes da faixa etária de 25 a 35 anos que, normalmente, estão insatisfeitos com o atendimento dos tradicionais bancos e que têm facilidade usar aplicativos em seu dia a dia. 

O funcionamento da Superdigital é similar ao de qualquer conta 100% digital. Para utilizá-la, o cliente precisa baixar o aplicativo (Android, iOS) e fazer o cadastro. É necessário que o usuário seja maior de 18 anos e tenha um CPF ativo. Não é necessário ser cliente de nenhum banco para utilizar a ferramenta. 

Depois de feito o cadastro, basta o usuário transferir dinheiro para a sua conta digital ou, se preferir, ir até uma agência física e depositar o dinheiro. Feito isso, o cliente da Superdigital já pode transferir dinheiro para outras contas, pedir dinheiro, pagar contas e recarregar o celular, por exemplo. As transferências e pagamentos podem ser feitas para outros bancos ou para contas Superdigital, caso o destinatário também seja cliente do serviço. Neste caso, há um chat integrado dentro da plataforma em que os usuários podem conversar, rachar contas ou fazer vaquinha online. 

Os usuários também recebem um cartão pré-pago internacional de bandeira Mastercard que pode ser utilizado para compras em estabelecimentos. É gerado ainda um cartão virtual para quem faz compras online. 

Só que o serviço não é de graça. Para abrir uma conta digital, é preciso pagar uma taxa mensal de R$ 7,90 para usuários individuais e R$ 11,90 para o plano família. Além disso, o cliente paga taxas para fazer transferências para outros bancos e para realizar saques. 

Estratégia 

Com a Superdigital, o Santander espera ocupar o espaço deixado por outros “bancões”. Em abril, Bradesco e Itaú anunciaram o encerramento das suas contas digitais por não conseguirem ter a rentabilidade esperada com as modalidades. O mesmo já tinha feito o Banco do Brasil em outubro do ano passado. Sobraram na modalidade fintechs como o Banco Original e o Banco Intermedium. 

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O Santander entrou no segmento de conta digital em 2015 ao adquirir a Contasuper, startup de meios de pagamentos e recebimentos totalmente digitais que tinha 203 mil clientes na época. Um ano depois, o banco finalizou a aquisição, por cerca de R$ 150 milhões, e incorporou a empresa como sendo uma unidade independente de negócios. Eles chegaram a conquistar um milhão de clientes com o sistema da Contasuper. 

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Neste ano, após seis meses de desenvolvimento, o Santander relançou a ferramenta com um novo nome (Superdigital) e com a premissa de mudar a relação das pessoas com o dinheiro, ao propor que os usuários deixem de usar o dinheiro físico e façam desde pequenas a grandes transações on-line, sem a necessidade de ter uma conta em banco. 

Para chegar a meta de 10 milhões de usuários, o banco terá o desafio de convencer as pessoas quem já têm conta em banco a migrar para o serviço de conta digital ou trabalhar forte para incluir consumidores não bancarizados no sistema. As contas digitais, apesar de terem taxas inferiores às contas tradicionais, ainda não caíram no gosto dos brasileiros, já que não possuem atendimento físico e dependem de internet e smartphone para funcionar.

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