| Foto: cherylholt/Pixabay

Na tarde desta terça-feira (19), clientes da Amazon nos Estados Unidos receberam um e-mail inusitado da empresa. Ele dizia que alguém havia comprado um presente para “o bebê” que fora registrado no site, em uma espécie de lista de presentes para chás de bebê que a loja oferece. Problema: essas clientes não tinham feito registro algum, tampouco estavam grávidas.

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Pouco depois, a Amazon explicou, também por e-mail, que a mensagem original fora enviado por engano devido a “um erro técnico” e que “pedia desculpas por qualquer confusão que ele tenha causado”. Mais cedo, um atendente do serviço ao consumidor disse à jornalista Abby Ohlheiser, do Washington Post, que o referido e-mail havia sido “enviado a uma grande parte dos clientes da Amazon” e que ele poderia ser “ignorado”. 

O envio do e-mail foi encarado com bom humor por algumas pessoas e deve ter sido, à maioria, inconsequente. Mas ele chegou a destinatários sensíveis à questão. Uma delas foi Julia Claire, que teve dois abortos espontâneos recentemente. “É como jogar sal na ferida”, desabafou no Twitter

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E-mail incorreto recebido por clientes norte-americanos da Amazon 

Outros casos

Não foi a primeira vez que algo do tipo aconteceu. Desde que passou a exibir memórias dos usuários em datas especiais, o Facebook enfrenta críticas de usuários que se sentem desconfortáveis ou incomodados com certas lembranças. Coisas como fotos e vídeos no dia das mães para quem ficou órfão recentemente, por exemplo. 

Outro caso envolve o Google. Em 2011, a empresa lançou o Google Buzz aparentemente antes de o produto estar pronto. Ele trazia sérias falhas de privacidade, como expor a lista de contatos mais frequentes dos usuários e deixar público o perfil do usuário. Uma ação civil pública foi movida contra a empresa no início de 2010. Em novembro, um acordo foi firmado e o Google concordou em criar um fundo de US$ 8,5 milhões para grupos que promovem a privacidade online. 

Uma das situações mais curiosas, porém, aconteceu em 2012 com a Target, uma grande loja de varejo norte-americana. Desafiado por dois colegas do departamento de marketing, o estatístico Andrew Pole identificou um conjunto de 25 produtos que, se comprados por uma cliente, indicam uma grande probabilidade de que ela estivesse grávida. 

Em uma história que ficou bastante famosa na época, um ano depois da sua descoberta um pai adentrou, irritado, uma unidade da Target em Minneapolis, exigindo ver o gerente. Ele trazia panfletos que haviam sido enviados à sua filha, todos eles oferecendo produtos para recém-nascidos, e queria explicações sobre o motivo dos envios.

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Dias depois, o gerente ligou para o homem a fim de desculpar-se novamente, mas o tom mudou. O pai informou que havia conversado com a filha e descoberto que a teoria de Pole fazia sentido: sua filha estava, de fato, grávida.