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Stival Alimentos aposentou a marca Stivali para apostar no sucesso do nome Caldo Bom | Daniel CaronGazeta do Povo
Stival Alimentos aposentou a marca Stivali para apostar no sucesso do nome Caldo Bom| Foto: Daniel CaronGazeta do Povo

Depois de 45 anos chamando seus produtos de Stival e, mais recentemente, de Stivali, ambos os nomes em referência ao sobrenome da família fundadora do negócio, a Stival Alimentos se rendeu ao sucesso do Caldo Bom. A indústria paranaense aposentou a marca Stivali e passou a chamar todos os seus produtos de Caldo Bom. Uma mudança estratégica para a empresa finalizar o seu plano de expansão, que inclui ganhar espaço na região Sudeste.

A indústria, que tem sede em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), retirou a marca Stivali do mercado no fim do ano passado. A empresa percebeu que o nome Caldo Bom, lançado em 1980 e que por um bom tempo esteve restrito à linha de feijão, era mais conhecido pelos consumidores do que os produtos Stivali. Tanto que o feijão Caldo Bom é, há oito anos consecutivos, líder em vendas na região Sul, segundo pesquisa da Nielsen/Abras. 

Uma decisão tomada de maneira natural, mesmo em se tratando de uma referência ao sobrenome da família, afirma o presidente da empresa, Alexandre Stival, filho do fundador da companhia, Antônio Stival. “A gente já tinha feito algumas pesquisas de mercado que apontavam a preferência do consumidor pela Caldo Bom. E precisávamos adotar um novo modelo de padronização dos produtos para continuar com nosso objetivo de nacionalização.” 

Alexandre Stival, presidente da Stival Alimentos, no Centro de Distribuição da empresa, em Campo Largo.Daniel CaronGazeta do Povo

O nome Caldo Bom surgiu nove anos após a fundação da empresa, que aconteceu em 1971. A indústria, que na época tinha sede em Santa Felicidade e atuava somente com cereais, decidiu ampliar os seus negócios e passou a atuar com feijão. Mas faltava um nome para a nova empreitada. 

A ideia surgiu a partir da observação de um vendedor de plásticos. “Se vocês vão lançar feijão, ele tem que ter caldo bom”, foi a brincadeira feita pelo fornecedor. As palavras caldo bom ficaram na cabeça de Antônio Stival, na época à frente dos negócios, que gostou tanto da combinação que resolveu adotá-la como nome para a nova linha da empresa. 

Nacionalização

Agora, desde o início do segundo semestre deste ano, todos os 380 produtos da Stival Alimentos passaram a ter a marca Caldo Bom. As embalagens também foram remodeladas e lançadas em uma versão mais limpa, com as cores predominantes da empresa (amarelo e marrom) e com o nome Caldo Bom em destaque, acompanhado de um coração. Tudo para dar padronização aos produtos da empresa, sob a marca mais forte do negócio.

Essa padronização é importante para a empresa atingir seu objetivo de nacionalização. A Stival já vende no Sudeste e em parte do  Centro-Oeste desde 2011, mas Matheus Stival, diretor de operações, confessa que a participação ainda é pequena. “A crise também nos atrapalhou, já que os supermercados do Sudeste ficaram mais receosos em comprar uma marca pouco conhecido pelo consumidor”, conta o diretor, que é neto do fundador. 

Expansão

Antes do reposicionamento da marca, a Stival Alimentos reformou e ampliou a sua fábrica em Campo Largo e construiu um novo Centro de Distribuição (CD), próximo da planta industrial. A fábrica passou a ter capacidade produtiva total de 7 mil toneladas por mês e o CD capacidade de estocagem e distribuição de 22 milhões de quilos por anos. 

A empresa também lançou novos produtos no mercado, como a Linha Cup, que tem desde bolo feito em copo até as tradicionais sopas de copinhos. São, no total, 15 linhas e 380 produtos, entre feijão, arroz, polenta, purê e acompanhamentos. 

Linha de produtos em copos é uma das grandes apostas da empresaDaniel Caron/Gazeta do Povo

Os investimentos na fábrica e no Centro de Distribuição, somados ao reposicionamento da marca, ficaram entre R$ 8 milhões e R$ 9 milhões. A empresa espera ter o retorno desse investimento no médio prazo, impulsionado por um aumento das vendas, principalmente, no Sudeste e Centro-Oeste.

A Stival Alimentou faturou R$ 140 milhões do ano passado e esperar crescer 19% neste ano. A indústria tem 350 funcionários diretos e gera 100 empregos indiretos. 

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