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Vídeo:| Foto: Pedro Serápio / Gazeta do Povo

Paraná é o terceiro maior mercado

O mercado paranaense responde por 7,5% dos veículos vendidos pela Toyota em todo o país, o que faz dele o terceiro maior consumidor, atrás de São Paulo e Minas Gerais.

A rede de revendedores da marca japonesa tem 119 unidades. A maior delas no Paraná, a Sulpar, recebeu um investimento de R$ 5 milhões que ampliou para seis mil metros quadrados a loja instalada no pólo de concessionárias automotivas da Vila Hauer, na capital. A reforma durou mais de seis meses.

Na reinauguração, o diretor-superintendente da Toyota Sulpar, Gastão Doring, recebeu o certificado TSW (Toyota Sales Way), que atesta a qualidade em atendimento da distribuidora fundada em 1963. Agora, a empresa se prepara para conquistar o TSM, certificação de qualidade para o serviço de pós-venda. (FJ)

A Toyota do Brasil quer entrar firme no segmento de veículos compactos, que representa 70% das vendas no país. É com esse objetivo que a montadora japonesa vai construir sua segunda fábrica em lugar e prazo que ainda não foram definidos. É certo, porém, que o investimento "não será em fábrica pequena" como a de Indaiatuba (SP), cuja produção é de 60 mil carros por ano, disse ontem em Curitiba Luis Carlos Andrade Júnior, vice-presidente da Toyota Mercosul. O porte da fábrica, segundo Andrade, será dimensionado para abastecer o mercado interno e fornecer veículos para exportação.

A presença do vice-presidente da Toyota na capital – para a reinauguração da Sulpar, a concessionária mais antiga que a marca japonesa tem no Brasil – não desfez o mistério sobre o local em que a montadora japonesa instalará sua segunda fábrica, mas deu motivos para o Paraná continuar no páreo pelo investimento. "Nunca se disse que o Paraná é ruim. Pelo contrário. Nossos concorrentes estão aí e aparentemente felizes", disse Andrade. O estado concorre bem nos três critérios apontados por ele como essenciais para a escolha do local: facilidade logística, qualidade da mão-de-obra e topografia.

Andrade explicou que definições sobre investimentos eram mais fáceis quando a Toyota do Brasil era separada da Toyota da Argentina. "Hoje, como está organizada como Toyota Mercosul, essa equação fica muito mais complexa, porque fazemos parte de uma plataforma global que é definida pela matriz, no Japão."

Por sinal, a Argentina também estaria concorrendo "em tese" ao investimento. Mas na prática, a hipótese está descartada e cada país seguirá sua vocação. "Nosso modelo de produção prevê a complementaridade. É por isso que a Argentina faz veículos comerciais e o Brasil faz automóveis para passageiros."

A especulação sobre o local da nova fábrica começou ainda no ano passado, quando vazaram à imprensa as primeiras visitas que executivos da Toyota fizeram a cidades de vários estados brasileiros. Como o Paraná abriga o terceiro maior pólo automotivo do país, empresários do setor logo se entusiasmaram com a idéia. Ela ganhou força quando uma imobiliária de São José dos Pinhais anunciou ter sido sondada pela montadora, que estaria à procura de áreas no município – onde já estão instaladas a Volkswagen e o Complexo Ayrton Senna, que reúne Renault e Nissan.

A Toyota nunca se pronunciou oficialmente sobre a data para a definição da nova unidade, que segundo diversas fontes teria sido marcada para maio e, em seguida, para agosto. O presidente da Toyota para o Brasil e o Mercosul, Shozo Hasebe, disse há pouco mais de um mês que a decisão sairia em um ano.

Além do Paraná, são vistos como fortes candidados os estados de São Paulo, Bahia, Pernambuco, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Embora tenha boa infra-estrutura logística se comparado à maioria dos concorrentes – há anos o Porto de Paranaguá tem área específica para o embarque de veículos –, o Paraná ainda perde para os gaúchos, por conta do investimento que a Toyota fez em 2005 na Grande Porto Alegre, onde inaugurou um centro de distribuição para o Mercosul.

O Paraná ganha pontos por ser sede de um pólo automotivo que reúne cinco grandes montadoras, mais de 70 fornecedoras de sistemas e autopeças e emprega cerca de 25 mil pessoas. Portanto, como quer a Toyota, o estado tem mão-de-obra qualificada. No entanto, os salários pagos pelo setor são mais altos na Região Sul do que nos concorrentes do Nordeste, o que pode dificultar a "candidatura" dos três estados sulistas.

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