A suíça Novartis fechou um acordo para vender sua unidade de testes de transfusão sanguínea para a espanhola Grifols por 1,68 bilhão de dólares.
A venda ocorre em meio a uma ampla revisão pela Novartis de suas operações com o novo presidente do Conselho Joerg Reinhardt, que vem defendendo a natureza diversificada da empresa, mas tem destacado que iria manter apenas os negócios que sejam líderes mundiais.
O presidente-executivo da Novartis, Joe Jimenez, disse nesta segunda-feira que tinha começado a revisão estratégica dos negócios da empresa --incluindo a unidade que realiza testes para garantir que as transfusões de sangue não contenham infecções-- na primavera do hemisfério Norte e que o tema tinha ido para o Conselho durante o verão.
Ele afirmou também que outras potenciais vendas são uma possibilidade já que a Novartis examina se três negócios (vacinas e diagnósticos, produtos sem receitas e de saúde animal) tem um futuro de longo prazo no grupo.
"Precisamos ter escala global nesses negócios e agora estamos no processo de ganhar escala ou considerar outras opções para esses negócios", disse ele em uma entrevista.
Investidores esperam que a empresa dê mais detalhes sobre como planeja alocar capital entre seus diferentes negócios em um evento para investidores no dia 22 de novembro.
O acordo com a Grifols dá a Novartis um bom preço para a unidade de testes de transfusão sanguínea, que foi adquirida em 2006 e que teve vendas de cerca de 565 milhões de dólares em 2012.
Para Grifols, a terceira maior fabricante de produtos de sangue do mundo, a aquisição significa que diagnósticos irão agora compor 20 por cento de sua receita, acima dos 4 por cento atuais, e que o faturamento anual da empresa vai crescer para cerca de 1 bilhão de dólares.
A espanhola disse que irá financiar a compra com um empréstimo de 1,5 bilhão de dólares, elevando sua dívida para 3,2 vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), segundo uma porta-voz da empresa.
-
“Dobradinha” de governo e STF por imposto na folha prejudica empresas e amplia insegurança
-
Lula, Haddad e STF humilham Rodrigo Pacheco; acompanhe o Sem Rodeios
-
Irmão de Biden tentou usar influência do presidente no Catar para financiar seus negócios nos EUA
-
Queimadas crescem 154% na Amazônia e batem recorde no segundo ano do mandato de Lula
“Dobradinha” de governo e STF por imposto na folha prejudica empresas e amplia insegurança
Contas de Lula, EUA e mais: as razões que podem fazer o BC frear a queda dos juros
Muita energia… na política: ministro ganha poder com agenda ao gosto de Lula
Bônus para juízes, proposto por Pacheco, amplia gasto recorde do Brasil com o Judiciário
Deixe sua opinião