O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda, afirma que desenvolvimento do setor, puxado sobretudo pelo avanço das classes C e D e pelo Nordeste, está sendo alavancado por lojas de menor porte, que operam com um mix menor de produtos.

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"O hipermercado não tem grande aceitação entre as classes mais baixas. Além disso, os consumidores das classes mais altas não querem mais perder tempo em grandes lojas", diz Honda.

Com o consumidor evitando os hipermercados, a rentabilidade destas operações passa por ganhos de escala. A concentração do poder de compra em bens duráveis é comemorada pelo Pão de Açúcar. "Hoje temos o poder de ditar os preços. Antes pagávamos a conta da reposição das margens da indústria, por sermos pequenos neste segmento.

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Agora, com Casas Bahia e Ponto Frio obtemos maiores descontos", diz diretor-presidente do Grupo Pão de Açúcar, Enéas Pestana. Segundo ele, atualmente 40% do faturamento conjunto da companhia vem de bens duráveis e 60%, de alimentos.

Enquanto os executivos do Carrefour e Walmart estão preocupados em elaborar as estratégias de crescimento para os próximos anos no Brasil, o Grupo Pão de Açúcar alterou, em julho, sua estrutura organizacional, para gerir e capturar as sinergias dos negócios de alimentos, eletroeletrônicos, atacado, drogarias, postos de gasolina, serviços financeiros e comércio eletrônico, sem perder o foco de cada área de atuação. O Pão de Açúcar anunciou ao mercado a projeção para a abertura de 60 lojas de proximidade (Extra Fácil), 18 de ‘atacarejo’ (Assaí) e 14 supermercados (Pão de Açúcar e Extra).

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