Novas regras devem incomodar lan houses

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Um projeto de lei que impõe uma série de restrições às lan houses promete recriar a polêmica em torno dos limites aos jovens que freqüentam esses estabelecimentos em Curitiba. Na semana passada, o texto foi discutido na Câmara Municipal e promete voltar à Casa até o fim do mês.

O vereador Custódio da Silva (PAN) é o autor da medida que visa limitar o conteúdo e o tempo de permanência de crianças e adolescentes nas lan houses, além de decretar que os estabelecimentos devem ficar a uma distância mínima de 500 metros de instituições de ensino. A justificativa é que muitos jovens matam aulas nas escolas e deixam seus afazeres de lado para passar manhãs, tardes e noites na frente dos computadores.

O proprietário da Neo Lan Houses, Henry Yamamoto disse que o projeto "pode até ser bom no futuro, mas deveria ser mais estudado e discutido". Ele acha que apenas uma lei como essa não resolveria a questão da falta às aulas. "O papel fundamental de pais e educadores conta mais", diz.

A proposta em discussão na Câmara proíbe a entrada de crianças com menos de 12 anos desacompanhadas de pais ou responsáveis em lan houses; jovens entre 12 e 16 anos, por sua vez, devem ter autorização do responsável por escrito. Também não poderão ficar mais que 2 horas consecutivas em frente ao PC e não terão acesso a jogos que contenham cenas de sexo e violencia. Outra exigência que já é cumprida pelos estabelecimentos são os horários. Menores de 16 anos podem permanecer nas lan houses até as 22 horas e entre 16 e 18, até a meia-noite.

Para Glenderson Gomes, proprietário da G2 Lan House, o projeto não afetaria muito seu negócio. De acordo com ele, uma solução para controlar o tempo dos adolescentes no computar seria criar cadastros que registrem os horários de uso no sistema. Mas para Yamamoto, da Neo, o controle é praticamente inviável, pois o adolescente poderia ficar 2 horas em um estabelecimento e depois ir para outra lan house.