O estudante João Rafael Athas usa o cartão sempre que a loja oferece essa opção de pagamento| Foto:

Os comerciantes estão otimistas com a mudança nas regras no mercado de cartões de crédito e débito. Eles preveem maior concorrência entre as operadoras e, consequentemente, menores tarifas para o varejo. A partir de 1.º de julho, acaba a exclusividade entre credenciadores e bandeiras, como as parcerias entre Visa e Cielo (ex-Visanet) e Master­­card e Redecard. Assim, os donos de bares,restaurantes e lojas se preparam para reduzir custos com o aluguel de aparelhos – não será necessário possuir mais de um – e com a provável queda no valor das taxas administrativas. Segundo cálculos da Asso­­cia­­ção Brasileira de Bares e Restau­­rantes (Abrasel), em cinco anos o número de emissores de cartões de crédito e débito deve chegar a 20. Desde que as novas regras começaram a ser discutidas, várias empresas de tecnologia, bancos e instituições financeiras vêm mostrando interesse em realizar parcerias para entrar nesse segmento. Hoje, as redes Visa e Mastercard dominam 90% do mercado.

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Para o presidente do Conselho de Administração Nacional da Abrasel, Célio Salles, as mudanças abrem precedentes para a solução de outras questões, como a cobrança de preços diferentes para os pagamentos em dinheiro ou com cartões. "Do jeito que está, o maior lesado ainda é o cliente, que acaba pagando a conta do aumento dos custos operacionais."

Dependendo da bandeira, o aluguel da máquina varia atualmente de R$ 60 a R$ 140 por mês, enquanto as taxas oscilam entre 2,5% e mais de 6%. "Hoje, o empresário compromete cerca de 10% do faturamento somente para oferecer essa opção de pagamento", afirma o presidente da Abrasel no Paraná, Marcelo Woellner Pereira.

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Consumidor

Com a briga entre as operadoras, o consumidor também levará vantagem. Entre as possíveis medidas para conquistar os clientes, estão anuidade zero, cartões extras, prazos maiores de parcelamento e taxas e juros menores. Outra vantagem deve ser o aumento no número de estabelecimentos que oferecem a opção de pagamento eletrônico.

Hoje cliente da Visa, o estudante de Administração João Rafael Athas já pensa em rever a bandeira com a qual atua, caso receba a oferta de taxas menores. O principal motivo é o uso constante de cartões. "Se a conta é de R$ 7 e tenho R$ 20 no bolso, pago no débito. Assim não fico sem dinheiro caso precise para pagar qualquer outra coisa onde o cartão não é aceito."

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Interatividade

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