O novo modelo de cálculo dos custos da energia de curto prazo e da operação do sistema elétrico proposto pelo governo vai praticamente eliminar o acionamento emergencial de usinas termelétricas mais caras, disse nesta quarta-feira o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann. "O modelo vai antecipar o uso das térmicas mais baratas e evitar o uso das mais caras", disse o secretário. Ou seja, as térmicas mais baratas deverão funcionar de modo mais estável, evitando o acionamento emergencial de usinas mais caras, como ocorreu no fim do ano passado e no começo de 2013.
O novo modelo de cálculo foi lançado pelo governo em março, em resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
A principal novidade é aumentar a previsibilidade --no modelo matemático de cálculo dos preços do setor-- do uso de termelétricas. Isso, segundo Zimmermann, deve fazer com que seja próximo a zero o despacho de térmicas fora da ordem de mérito.
O acionamento fora da ordem de mérito ocorre quando o governo, para garantir a segurança do abastecimento, manda ligar termelétricas mais caras emergencialmente, para manter o nível de água nos reservatórios das hidrelétricas. "Vamos conseguir mais segurança com o custo próximo do atual", disse Zimmermann, em entrevista coletiva.
Segundo Zimmermann, o novo modelo matemático foi encaminhado nesta quarta-feira para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), uma semana antes do previsto na resolução do CNPE. "A Aneel vai começar seu processo de audiência pública e tramitação, para que comecemos a usar o modelo a partir do próximo programa mensal de operação, em setembro", disse Zimmermann.
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