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O prazo médio dos empréstimos dos bancos continuou a crescer no primeiro semestre deste ano, tanto para pessoas físicas (prazo médio da carteira passou de 24 meses para 25 meses), quanto para empresas (que subiu de 19 meses para 21 meses), informou o Banco Central nesta quinta-feira (23), por meio do relatório de estabilidade financeira.

De acordo com a instituição, contribuíram para esse aumento de prazo, no caso das pessoas físicas, os financiamentos imobiliários e os empréstimos consignados em folha de pagamento e, no caso das pessoas jurídicas, a modalidade de investimentos e aquisição de bens.

"Quanto ao crédito, verifica-se por parte das instituições financeiras a manutenção da estratégia de priorizar a expansão dos empréstimos, com crescimento próximo à média de 20% ao ano verificada nos últimos anos, como forma de preservar a rentabilidade", informou o BC.

O crescimento do prazo do crédito ocorreu principalmente, de acordo com a autoridade monetária, em modalidades de menor risco para os bancos, a partir da expansão da base de clientes (com a entrada de novos correntistas), com "moderado crescimento do endividamento médio" e do comprometimento de renda dos tomadores.

O Banco Central ressalta, porém, que a entrada de novos clientes e o alongamento do prazo, apesar de ter benefícios, também representam "desafios adicionais" aos modelos de concessão de crédito dos bancos e aos processos de gestão do risco das instituições financeiras.

Isso ocorre, segundo a autoridade monetária, pela "incipiência" de histórico creditício, ou seja, pelo histórico de crédito recente, pela "menor educação financeira dos novos clientes" e, também, pela necessidade de "modelos que mapeiem riscos para prazos maiores".

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