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Para as construtoras, dominar a concessão do crédito faz toda a diferença porque acelera o processo de venda e de recebimento dos recursos. Hoje é comum as empresas virarem o mês com a pendência de centenas de aprovações. A MRV, uma das maiores do país, já vem testando o modelo com a Caixa em São Paulo e em Belo Horizonte, e deve começar a operar o sistema em Curitiba até o fim do mês. Segundo o diretor de crédito imobiliário, Cristiano Chiabi, já foram feitos cerca de 200 contratos no novo modelo, a maior parte do Minha Casa, Minha Vida. De acordo com ele, o prazo para contratação foi reduzido de uma média de 30 dias para entre 3 e 7 dias. "A Caixa tem um limite operacional, que é a própria contratação de pessoal, para a qual é necessária a realização de concurso. As empresas do setor, ao contrário, podem ampliar seus quadros para dar conta da demanda", afirma.

Chiabi conta que a Caixa vai verificar a veracidade de 100% dos contratos, o que dá segurança para as operações e vai inibir a aprovação irregular dos créditos. De acordo com ele, o banco vai fazer uma avaliação permanente do desempenho dos correspondentes imobiliários. Os que tiverem resultados ruins – com um grande número de contratos rejeitados pelo banco, por exemplo – poderão ser descredenciados.

Para Fernando Mehl Mathias, proprietário da FMM Enge­nharia, a demora na aprovação é um dos principais gargalos do setor. "Uma construtora como a nossa encaminha em média 300, 400 contratos de uma vez para serem aprovados. Enquanto a venda não é aprovada, a construtora também não recebe", diz. Segundo ele, o modelo vai dar agilidade e melhorar o fluxo de caixa para as empresas. "É comum alguns clientes desistirem no meio do caminho por causa da demora, que em alguns casos chega a 120, 180 dias", afirma.

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