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CMO

Novo relator do Orçamento quer combater “desperdício de recursos públicos”

Relator do Orçamento 2026, deputado Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL). (Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados)

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O deputado Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL) foi escolhido como relator do Orçamento da União para 2026 e já deixou claro qual será sua prioridade: combater o desperdício de recursos públicos. A indicação foi feita pelo novo presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), senador Efraim Filho (União-PB), eleito nesta quinta-feira (10).

Para Bulhões, o aumento da eficiência do Estado é um passo essencial para liberar espaço no Orçamento e ampliar os investimentos públicos, que hoje giram em torno de apenas 7% do total.

“É preciso enfrentar o debate da eficiência do Estado brasileiro. Detectar onde há desperdício e repensar setores que talvez não façam mais sentido serem mantidos pelo governo”, afirmou o relator.

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O presidente da CMO, Efraim Filho, reforçou o discurso de responsabilidade fiscal e alertou para os riscos de uma gestão desequilibrada. “É fundamental evitar qualquer sentimento de gastança desenfreada, que impacta negativamente a sociedade e afugenta investimentos. Equilíbrio fiscal não se faz apenas pelo lado da receita, aumentando impostos. Também passa, e muito, pela contenção de despesas”, disse o senador.

Efraim citou dados do mais recente Raio X do Orçamento de 2025, elaborado pela Consultoria de Orçamento da Câmara, que mostram que cerca de 90% das despesas do governo são obrigatórias, o que reduz a margem para decisões discricionárias.

Durante a reunião da comissão, parlamentares também ressaltaram a importância de votar o Orçamento de 2026 ainda este ano. O atraso na aprovação do Orçamento de 2025, que só foi votado em 20 de março, causou prejuízos à organização financeira de muitos municípios, segundo os congressistas.

Na reunião da CMO, alguns parlamentares ainda criticaram a demora do presidente Lula para sancionar a peça orçamentária de 2025, que foi sancionada nesta quinta-feira (10). O governo vetou apenas dois dispositivos, sobre as emendas de ministérios - chamadas de RP2 - e sobre as despesas financeiras (não originadas de impostos) do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

Efraim informou que espera a indicação dos demais membros da comissão pelos líderes partidários até 15 de abril. Já a relatoria da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 deverá ficar a cargo do deputado Carlos Zarattini (PT-SP).

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