
Nem dá mais para chamar de "banquinhas". Desde que foi assinado o decreto que regulamenta o uso de mídia em suas fachadas, em fevereiro do ano passado, as bancas de jornal e revista de Curitiba estão ganhando uma nova cara padronizadas e bem mais modernas. Além de beleza, a proposta é que a chamada "Newsstand Media" traga também renda extra para os donos das bancas.
Segundo dados da Urbs, que administra a concessão desses espaços em Curitiba, cerca de 60 bancas já foram substituídas pelas unidades mais modernas de cerca de 200 que funcionam em Curitiba.
A maior parte delas estão vinculadas à Clear Channel, maior empresa de mídia exterior do mundo e vencedora da licitação para explorar o mobiliário urbano da capital paranaense em 2003. A empresa tem contrato atualmente com 50 revistarias. Para ter direito a explorar o espaço publicitário das suas fachadas por 10 anos, em média, a Clear Channel pagou pela estrutura das novas unidades. A multinacional prefere não revelar os aportes individuais, mas informou ter investido R$ 3,5 milhões nesses espaços desde o início do projeto.
"As bancas estão em locais de grande fluxo de carros, em pontos estratégicos. E a publicidade fica ao nível do olhar. Não tem como não ver", defende a gerente comercial da Clear Channel em Curitiba, Cida Oliveira. "Mas também foi uma grande evolução para os donos das bancas. Algumas delas eram bastante antigas."
Novas parcerias
A Gazeta do Povo também está apostando nesta nova mídia por meio de uma parceria com outras três empresas: Claro, Philip Morris e a Editora Abril. As quatro estão dividindo o custo total de cada banca (R$ 42 mil) em troca do direito de explorar os espaços publicitários por 6 anos. Depois, a negociação dos espaços poderá ser feita diretamente pelo dono do ponto.
Segundo o gerente geral de operações da Rede Paranaense de Comunicação (RPC), grupo do qual a Gazeta faz parte, Luciano Justino da Silva, cinco novas bancas já foram construídas em Curitiba neste modelo de contrato. "Por enquanto, os espaços serão utilizados pelas próprias empresas", diz o gerente. "Mas também há possibilidade de utilizarmos os espaços para parcerias com outras companhias."
A comerciante Neiva Terezinha Bosse diz que ganhou a nova banca "de presente de Natal". "A antiga era muito velha. Tinha mais de 30 anos, e nunca havia sido reformada, porque não teríamos dinheiro para isso", diz. "A estrutura agora é muito melhor, mais clara e confortável." Além da melhora imediata, Neiva diz que pretende aumentar a renda no futuro, quando tiver o direito de negociar os espaços publicitários.
-
Evangélicos podem ser foco de resistência na sabatina de Dino ao STF
-
Centrão pressiona por cargos na Funasa às vésperas de votações importantes para o governo
-
As ameaças de Maduro e a bússola moral quebrada de Lula
-
Davi contra Golias: guerra entre Venezuela e Guiana colocaria frente a frente forças militares díspares
STF decide se governo pode pôr políticos no comando de estatais
Mais imposto aos estados, mais poder aos prefeitos: reforma mexe com herança, IPVA e IPTU
Estatais no vermelho: sob Lula, empresas federais voltam a ter déficit
Agro brasileiro vai conquistar mais um pódio e com o dobro de produtividade dos EUA