Empresa acredita que o A380 – na foto, em um evento em Dubai – é ideal para terminais de tráfego intenso, como o Aeroporto Internacional de Guarulhos| Foto: Divulgação/Airbus

Conjuntura

Demanda aérea sobe 4% em outubro, diz Anac

Após três meses consecutivos de queda, a demanda do transporte aéreo doméstico de passageiros (passageiros-quilômetros pagos transportados – RPK) apresentou reação e registrou alta de 4,19% em outubro sobre o mesmo mês de 2012, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Trata-se do quinto ano consecutivo de crescimento da demanda doméstica para o mês. Com esse resultado, ressalta a Anac, a demanda doméstica atingiu o seu maior nível para outubro desde o início da série de Dados Comparativos, em 2000. A oferta do transporte aéreo doméstico (assentos-quilômetros oferecidos – ASK), por outro lado, registrou queda de 1,46% em outubro de 2013, ante outubro de 2012 – a oferta está em retração há 14 meses. Em relação ao transporte internacional houve alta tanto na demanda quando na oferta, de 9,95% e de 4,72%, respectivamente, em relação ao mesmo mês de 2012.

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De acordo com a mais recente Previsão de Mercado Global (GMF) da Airbus, o mercado brasileiro de viagens aéreas precisará de 1.324 aviões até 2032 para atender às exigências crescentes do transporte aéreo internacional e doméstico do país. Os 896 aviões de corredor único, os 353 de dois corredores e os 75 muito grandes (VLA) devem ajudar a atender a crescente demanda de operadores domésticos e estrangeiros, no Brasil, quase triplicando a frota em serviço atual, de 480 aeronaves para mais de 1.320 até 2032.

Segundo Rafael Alonso, vice-presidente executivo da Airbus para América Latina e Caribe, quatro empresas já pediram às autoridades brasileiras para trazer o A380 para o país: AirFrance, British Airways, Lufthansa e Emirates Airlines. A Airbus já entregou 115 unidades para dez companhias e outros 309 já foram encomendados para mais 20 clientes.

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"Guarulhos (SP) já fez tudo o que tinha de ser feito para receber o A380, agora é uma questão das autoridades brasileiras", diz Alonso. No caso de Galeão, ele acredita que o novo consórcio vencedor do leilão também estará empenhado em trazer o avião. "O Rio tem um grande potencial para atrair mais e maiores aeronaves. O A380 certamente irá para o Rio também no futuro."

Com previsão de crescimento de 4% ao ano do PIB, acima da média mundial de 3,1%, indicadores socioeconômicos preveem que a economia brasileira mais que duplicará nos próximos 20 anos. O tráfego aéreo, no Brasil, deve acompanhar esse ritmo, crescendo a uma taxa anual de 6,8% até 2032, muito acima da média mundial de 4,7%.

Impulsionado por uma classe média em ascensão, maiores gastos do consumidor e pela expansão do setor de turismo, o Brasil representa 35% de todo o tráfego aéreo da América Latina, o que o torna o maior da região e um dos mercados que cresce mais rapidamente no mundo, tendo mais que duplicado desde 2000. Com idade média de sete anos, 34% inferior à média mundial, o Brasil lidera uma tendência regional. Atualmente, a idade média da frota em serviço na América Latina é de 9,5 anos, 42% menor desde 2000.