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Recorde à vista - Operações duplicaram desde 2004

Operações de fusão ou aquisição de empresas mais do que duplicaram desde 2004 no Paraná, segundo a KPMG. No primeiro semestre daquele ano, foram sete negócios, passando para 11 de janeiro a junho de 2005 e 20 no mesmo período do ano passado – em 2007, houve a primeira queda da série, para 16 operações. Na Região Sul, o número de transações cresceu de 21 no primeiro semestre de 2004 para 50 neste ano.

A consultoria prevê que as operações serão recordes na Região Sul em 2007: mais de 110 fusões ou aquisições devem ocorrer na região, frente às 108 de 2006. As condições favoráveis da economia brasileira atraem estrangeiros, que investem não só em ações e títulos públicos, mas também em participações em empresas de capital fechado – o que é uma das razões para o aumento de fusões e aquisições. Hoje, empresas de fora do país participam de 50% das operações. (FJ)

O número de operações de fusão ou aquisição envolvendo empresas paranaenses caiu 20% no primeiro semestre deste ano, em comparação com os seis primeiros meses de 2006. A queda contrasta com o desempenho dos outros dois estados da Região Sul. No Rio Grande do Sul, o número de negócios desse tipo cresceu 40%, enquanto em Santa Catarina o avanço foi de 60%. Os dados são de um estudo divulgado ontem pela consultoria KPMG.

Segundo a consultoria, 16 operações foram registradas até a metade de junho no Paraná, frente a 20 negócios até o fim do mesmo mês no ano passado. Em Santa Catarina, o número cresceu de 10 para 16, enquanto as operações envolvendo empresas gaúchas passaram de 25 para 35.

André Castello Branco, sócio da área de finanças corporativas da KPMG, diz que a queda paranaense tem dois motivos principais. O primeiro é que a retração ocorreu sobre uma base forte: de janeiro a junho de 2006, houve uma concentração de negócios no setor de transportes ferroviários. Foram seis fusões ou aquisições – se elas fossem excluídas do cálculo, o número total de negócios no estado teria crescido de 14 para 16 no período analisado.

Os negócios foram o investimento de três empresas na Ferropar – cuja falência foi decretada em seguida – e a aquisição, por parte da América Latina Logística (ALL), das concessionárias Novoeste e Brasil Ferrovias, que atuavam em São Paulo e estados do Centro-Oeste. A outra razão citada por Castello Branco para o recuo paranaense é que os dados de 2007 não incluem a segunda metade de junho. "Há uma diferença de 15 dias, e é possível que o volume de operações aumente até o fim do mês."

Para o sócio da KPMG, o destaque do ano foi a compra da curitibana Leão Júnior pela Coca-Cola. "O setor de alimentos passa por um momento de consolidação, e esse é o exemplo clássico. Trata-se de um grande produtor, multinacional, comprando outra empresa para ampliar sua linha de produtos e disputar novos mercados. A Coca-Cola, que até alguns anos atrás produzia somente refrigerantes, já oferece sucos, águas e, agora, mate", disse Castello Branco.

Outras operações de grande porte dentro da área de alimentos foram, segundo ele, a aquisição do frigorífico Garantia, de Maringá (Norte do estado), pelo grupo Friboi e a compra da usina sucroalcooleira Usaciga, de Cidade Gaúcha (Noroeste), pelo fundo de investimentos paulista Clean Energy. "Embora não lidere o número de operações no Brasil, o Paraná tem boas opções no setor sucroalcooleiro. Os fundos procuram oportunidades, e no estado há várias delas em açúcar e álcool."

Além do ramo de alimentos, o sócio da KPMG cita que outros setores promissores são o de tecnologia da informação – que no ano passado foi agitado por aquisições da Bematech – e o imobiliário, que no primeiro semestre teve como destaque a venda do Shopping Estação para o grupo BR Malls.

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