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Raio-X dos endividados

Do total de entrevistados, 23,3% afirmam estar muito endividados, 45,7% se consideram mais ou menos endividados, 19,7% pouco endividados e apenas 11,3% não têm dívidas. As classes A e B possuem o nível mais elevado de comprometimento da renda, com 29,3% dos consumidores nesse perfil declarando-se muito endividados. Nas classes C, D e E, apenas 22,1% declaram-se muito endividados.

O tempo médio do atraso nos pagamentos ficou em 56 dias no mês de junho, sendo de 58 dias nas classes C, D e E e de 47,6 dias nas classes A e B. Já o tempo médio de comprometimento da renda com dívidas é de 7,6 meses. A parcela da renda comprometida com dívidas mensais é de 31,5%.

O número de paranaenses endividados aumentou 4,2% em junho. Enquanto o porcentual de famílias que possuem algum tipo de dívida era de 84,5% em maio, em junho o número é de 88,7%. O endividamento dos paranaenses continua bem acima da média nacional, que contabiliza 62,7% das famílias com dívidas.

A conclusão é da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-PR).

Em comparação com junho de 2013, constata-se que o nível de endividamento dobrou ao longo dos últimos 12 meses. O percentual de consumidores muito endividados naquela época era de apenas 10,5%.

Contas em atraso

O número de famílias com contas em atraso também subiu, passando de 26,8% em maio para 27,6% em junho. A diferença é ainda mais expressiva quando comparado com junho de 2013, quando apenas 18,7% dos entrevistados estavam com os pagamentos em aberto.

Já o porcentual de consumidores que não terão condições de quitar suas dívidas se manteve. Eles representavam 9,9% no mês passado e agora são 10,2%. No mesmo mês do ano anterior, 6,2% das famílias revelaram que não conseguiriam pagar as contas atrasadas.

Motivo das dívidas

De acordo com a pesquisa, o cartão de crédito continua sendo o principal vilão. Pelo menos 64,4% dos paranaenses têm os cartões como principal motivo das dívidas, seguido de financiamentos de veículos (13,6%) e de imóveis (10,6%).

Porém, ao mesmo tempo, constatou-se uma queda no uso do cartão pelas classes A e B. Em junho, o porcentual de pessoas com renda superior a dez salários mínimos e com compras parceladas no cartão de crédito é de 63,2%. No mês anterior, era de 70,6%. Nas classes C, D e E, houve pouca variação, passando de 66,1% em maio para 64,6% em junho.

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