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Apesar da crise financeira, a rede de perfumaria e cosméticos O Boticário prevê manter o ritmo de crescimento, com a abertura de 100 novas lojas em 2009. A empresa espera encerrar 2008 com um aumento de vendas de 18%, porcentual superior à meta anunciada no início do ano, de 16%. No ano passado, o faturamento atingiu R$ 832 milhões na indústria e de R$ 2,4 bilhões na rede de franquias. "Podemos crescer até um pouco mais em 2008 e encostar a receita da indústria na marca de R$ 1 bilhão", projeta Artur Grynbaum, presidente da empresa.

De acordo com ele, a meta para 2009 é continuar a crescer acima do mercado, com um avanço na "casa dos dois dígitos". O plano de investimento para o próximo ano ainda não foi fechado, mas o executivo diz que a idéia é no mínimo repetir o aplicado esse ano, de R$ 175 milhões (20% mais do que em 2007 e com capital próprio).

Segundo Grynbaum, a maior agressividade da marca foi um dos motivos para o crescimento acima da média – o setor como um todo estima um avanço de 9,7% em 2008. Em 2008 foram abertas 175 lojas – hoje são 2.640 – e realizados cerca de 300 lançamentos (contra 215 do ano anterior).

Em meio ao pessimismo causado pela turbulência financeira, a empresa espera um Natal forte nas vendas. O último trimestre responde por 35% da receita do ano e a empresa investiu R$ 10 milhões na campanha desse ano. "Tradicionalmente as pessoas investem mais na beleza quando a economia não vai bem. Ao mesmo tempo vendemos produtos que já compõem a cesta de produtos básica dos consumidores e que não dependem de crédito de longo prazo, como outros bens de consumo", afirma.

Grynbaum aposta ainda no mix (de 600 produtos) diversificado para driblar a crise. "Temos produtos para todas as faixas de renda", afirma.

Exportações

Se no mercado interno a intenção é acelerar a expansão, no exterior a empresa colocou o pé no freio. O Boticário encerrou operações em sete países este ano – Chile, Austrália, El Salvador, Nicarágua, Nova Zelândia, Suriname e Emirados Árabes – e fez a estréia em outros dois – República Dominicana e Namíbia. "A intenção agora é consolidar nossa presença onde já estamos (a marca é distribuída em 15 países)", afirma ele. De acordo com o executivo, a companhia está repensando os modelos de atuação no exterior. Apesar de o câmbio favorecer as margens, a desaceleração da economia mundial deve ter reflexo no consumo em países para onde a marca exporta. "Também não sabemos como vai ficar a cotação do dólar. Consultamos três bancos e cada um tem uma projeção diferente", recorda. Os planos, contudo, são de longo prazo. "A empresa não é uma trading que pauta sua atuação pela subida ou descida do câmbio", afirma. As vendas externas, porém, ainda têm presença tímida nos negócios, não representando mais do que 3%.

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