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Diablo III bateu recorde vendas, mas só é possível jogar conectado à internet, e é preciso ter paciência com a quantidade de erros | Fotos: Divulgação
Diablo III bateu recorde vendas, mas só é possível jogar conectado à internet, e é preciso ter paciência com a quantidade de erros| Foto: Fotos: Divulgação

Ficha técnica

Diablo III

• Plataforma: PC• Categoria: RPG• Preço: R$ 100• Pró: Mais focado na ação• Contra: Autenticação on-line

Notas

25 anos de luta I

A série que revolucionou os jogos de luta completa 25 anos em 2012. Para comemorar, a Capcom preparou a caixa especial Street Fighter 25th Anniversary Collector’s Set. Por cerca de R$ 300, se comprador fora do Brasil, o pacote terá quatro jogos: Street Fighter X Tekken, Super Street Fighter IV Arcade Edition, Super Street Fighter II Turbo HD Remix e Street Fighter III: Third Strike Online Edition, nas versões Xbox 360 e Playstation 3.

25 anos de luta II

Também está incluso na caixa uma série de vídeos: um documentário com fãs, desenhos animados e um filme (mas não é aquele com o Jean-Claude "melhor ator de todos os tempos" Van Damme). Fecham o pacote uma estatueta do Ryu aplicando seu golpe mais conhecido, o Shoryuken, 11 discos com trilha sonora, livro com arte, uma faixa de karatê (?) e um certificado. Vale cada centavo.

Homens de preto

O mercado brasileiro recebe nesta segunda-feira o lançamento oficial de MIB: Alien Crisis, jogo baseado no novo filme Homens de Preto disponível nas versões para PS3, Xbox 360 (R$ 200) e Wii (R$150). Em Aliens Crisis, o jogador encarna um ex-ladrão que foi recrutado por uma organização secreta para tentar identificar alienígenas disfarçados de humanos, que tentam dominar o planeta. O jogo é compatível com os periféricos Top Shot Elite, PS Move e Wii Zapper.

O Erro 37 significa que os servidores estão congestionados e você, que pagou R$ 100 por Diablo III, não poderá jogar no momento. Tente novamente mais tarde. Já o erro 3003 é mais preocupante: os computadores da Blizzard estão completamente fora do ar. Sente e chore. E tente mais tarde. Também vá se acostumando com os recorrentes erros 12, 3005, 3006, 3008, 316704 e 75. De uma forma ou de outra todos querem dizer algo muito semelhante: tente mais tarde.

Não são problemas isolados. Pode até ser um sintoma das gigantescas expectativas que cercavam o lançamento de Diablo III. Só para se ter uma ideia, foram vendidas 3,5 milhões de cópias em apenas 24 horas. O que torna este o lançamento de maior sucesso comercial da história dos jogos de computadores. Mas a dor de cabeça com a série de erros que o consumidor teve que enfrentar logo após comprar a sua cópia tem nome e sobrenome: autenticação on-line obrigatória.

A Blizzard é uma das empresas mais bem sucedida na indústria dos games. Tem em seu portifólio jogos como World Of Warcraft, cujo faturamento é superior ao produto interno bruto de alguns países. Dinheiro, como se pode perceber, não é um problema para ela. Mesmo assim, a empresa decidiu adotar um dos sistemas antipirataria mais intrusivos já concebidos. Diablo III só pode ser jogado com o computador conectado à internet. "Mas, Ewandro", poderia me perguntar o leitor, "isso quer dizer não posso jogar com meu notebook enquanto viajo de avião?" Não. "Então o jogo não é 100% meu?" Talvez. No meu caso, que uso internet de uma empresa estatal (Sercomtel), a coisa piora. Ter uma boa conexão é loteria. E caiu três vezes durante a feitura desta coluna. Mesmo que o leitor tenha uma excelente banda larga com tempo de resposta baixíssimo, coisa rara no Brasil, ainda terá que encarar os recorrentes erros descritos na abertura deste texto. Em uma nota de resposta à gritaria geral, a Blizzard pediu desculpas pela falta de estrutura. Porém, evitou falar em um recuo na tal autenticação. Veio pra ficar.

Deixando os problemas de lado, afinal esta não é uma coluna sobre Direitos do Consumidor, temos Diablo III, a essência dos RPGs de ação resumida naquilo tem de melhor: coletar itens, ganhar experiência e destruir uma quantidade desumana de monstros, demônios, belzebus e exus-caveira. O jogador estará mais uma vez no meio de uma guerra do Bem contra o Mal. Distante 12 anos de seu antecessor, Diablo III se mantém fiel à série apresentando apenas polimentos estéticos e de jogabilidade. A primeira coisa a fazer é escolher a classe de personagens: Arcanista, Bárbaro, Caçador de Demônios, Feiticeiro ou Monge. Cada um com suas características. Uns são melhores no combate de perto, outros mais velozes... e por aí vai. Entre os avanços está uma simplificação no desenvolvimento de habilidades, que permite menos personalização. Um Bárbaro com nível X será igual a outro Bárbaro do mesmo nível. Deixando o diferencial para a combinação de itens e armas.

Com a mudança do foco do personagem para a construção e manutenção do arsenal, a Blizzard consegue justificar outra novidade: um mercado de leilões de itens. Valorizando a caça dos bens, os jogadores serão impelidos a negociar na loja oficial e, consequentemente, deixarão uma comissão alta para a empresa. Está aí outra justificativa para que todos os jogadores sejam obrigados a estar on-line. E também aí começa uma nova série de erros, com relatos de contas invadidas e roubo de ouro virtual. É muito problema para apenas um jogo.

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