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Lilia Damiani, responsável pelas compras da Zutti: Curitiba é imbatível no consumo de botas | Felipe Rosa/ Gazeta do Povo
Lilia Damiani, responsável pelas compras da Zutti: Curitiba é imbatível no consumo de botas| Foto: Felipe Rosa/ Gazeta do Povo

Capital das botas

Você concorda que em Curitiba as mulheres usam mais botas que no restante do país? Quantas você compra por ano?

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Chega o frio e com ele a necessidade de se proteger: cachecol, luvas, blusas... e botas. Sim, elas são indispensáveis e calçado usual nos pés das curitibanas durante o outono-inverno. Basta dar uma olhada abaixo dos joelhos delas em shoppings, restaurantes e terminais de ônibus. Não importa a classe social, o artigo é recorrente para mantê-las bonitas e principalmente aquecidas.

Curitiba é um mercado importante para o comércio de botas, seja a venda motivada por necessidade ou por moda. A responsável pelas compras da rede da Zutti, que tem 12 lojas na cidade, Lilia Damiani, chega a considerar a cidade como imbatível no consumo do artigo. "Ninguém vende tanta bota no Brasil quanto a gente. Em São Paulo, mesmo que tenha moda, a venda não é tão representativa quanto aqui. Se você reparar bem, vai encontrar botas por aí até outubro ou novembro", avalia.

Lilia afirma que as botas representam entre 70% e 80% das vendas da rede e o mês de maio, data do Dia das Mães, é a abertura da temporada de vendas e um termômetro para os próximos meses. "Se o mês vai bem, são programadas reposições para junho e julho. Quando o frio chega, a mulherada não usa outra coisa, por isso chega a comprar até duas botas na estação. As maiores vendas estão na faixa entre R$ 199 e R$ 229, um preço que a mulher acha justo, para as classes A, B e C", explica.

Um levantamento da Focal Pesquisas, especializa­da em pesquisas de mercado, aponta que ao longo do ano a brasileira consome sete calçados – o estudo não detalha, no entanto, os números por tipo de calçado.

Segundo Gustavo Cam­pos, diretor-presidente do Focal Pesquisas e consultor de empresas de calçados, os representantes das empresas que atuam na Região Sul apresentam retornos médios maiores devido ao fato de as botas serem mais caras que outros itens vendidos nos demais estados do país. "A Região Sul consome mais botas não apenas por causa do clima, mas também porque a bota compõe bem com o estilo mais clássico e tradicional da sulista. Trabalhei durante oito anos como representante na Grande Curitiba e a cidade se caracteriza pelo forte comércio de rua e galerias, com botas vendendo muito bem", ressalta Campos, que afirma fazer entre 30 mil e 40 mil ligações por ano para marcas de calçados e diz que as empresas confirmam a venda mais forte em toda a região.

Crescimento

Luiz Henrique Silveira Linhares, gerente da rede Omar, que tem 26 lojas em Curitiba e região metropolitana, destaca que as vendas de botas têm crescido 6% ao ano nos últimos três anos e que o valor do ticket (preço médio pago) apresentou um crescimento de 10%. "A venda de botas aumenta o nosso negócio, principalmente no outono e no inverno. Nós torcemos para que o frio chegue com força, porque ele aumenta as nossas vendas. É como se quando esfriasse acendesse uma luz e as clientes corressem atrás da bota, não importa a classe social. Basta esfriar e olhar nos pés das mulheres, ela vai estar lá", afirma.

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