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Seguro de vida

Para quem quer garantir a tranquilidade da família, outra opção é casar a aposentadoria privada com um seguro de vida. Os dois produtos podem ser contratados paralelamente e devem ser avaliados de forma conjunta. Quanto maior for a poupança do plano de previdência privada, menor deve ser o seguro, recomenda o consultor previdenciário Renato Follador.

Poucos brasileiros se preocupam em planejar a vida financeira para depois da aposentadoria: 42% não conseguem poupar qualquer quantia, segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).

INFOGRÁFICO: Veja qual plano de previdência privada é melhor para você

Mas quem está disposto a se preparar para uma velhice mais tranquila tem várias opções para complementar a renda em longo prazo. Além das aplicações convencionais, como a poupança, os planos de previdência privada têm atraído atenção dos clientes de bancos e seguradoras.

A contratação de planos abertos – o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) – aumenta 25% ao ano, segundo o consultor previdenciário Renato Follador. Quanto mais jovem o investidor, menos ele terá de destinar mensalmente ao plano.

"Se a pessoa começa a poupar com 30 anos, pode destinar 5% do rendimento líquido para se aposentar com tranquilidade aos 65", afirma o consultor. O porcentual aumenta conforme a idade em que o trabalhador começa a investir.

Os dois planos (PGBL e VGBL) funcionam como uma poupança forçada que pode render mais que a caderneta, dependendo do que for acordado com o banco ou seguradora. A vantagem é que o desconto em folha aumenta o comprometimento com o investimento mensal. O dinheiro pode ser sacado de uma só vez ou em parcelas mensais. O rendimento não é predefinido – depende do plano e dos riscos que o cliente está disposto a correr.

Diferenças

A principal diferença entre os dois planos está na forma de tributação. O PGBL é mais indicado para quem tem carteira assinada e faz a declaração completa do Imposto de Renda. O VGBL é ideal para autônomos, empresários e para quem está no mercado informal, e voltado a pessoas que optam pela declaração simplificada do IR.

No PGBL, os valores investidos agora podem ser descontados da renda bruta declarada pelo contribuinte no IR, com limite de até 12% da renda anual. Se você ganha R$ 4 mil por mês e gasta R$ 200 com o PGBL, pode declarar para a Receita uma renda de R$ 3,8 mil. O imposto será cobrado somente na ocasião do resgate, e a mordida do Leão será calculada com base em todo o montante acumulado (depósitos e rendimentos).

Quem investe no VGBL não pode descontar o valor da renda bruta na declaração do IR. O imposto é descontado todo ano, mas somente sobre os rendimentos – e não sobre o valor total do plano.

Quanto custa o investimento

Bancos e seguradoras cobram anualmente uma taxa de administração financeira que varia de 1,5% a 4% do patrimônio do plano de previdência. Como o patrimônio vai aumentando, o valor absoluto dessa taxa também cresce com o tempo.

O cliente também paga uma taxa de carregamento, descontada todo mês. É preciso sempre comparar os valores cobrados e pesquisar muito antes de assinar qualquer coisa.

"O cliente pode pedir a rentabilidade dos últimos cinco anos do plano. Rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura, mas ajuda a escolher. Os bancos sempre divulgam a taxa nominal, e é preciso descontar a inflação para conhecer a rentabilidade real. Se o banco divulga rendimento nominal de 5%, com uma inflação de 6%, não vale a pena, é melhor colocar na poupança", afirma o consultor previdenciário Renato Follador.

Rendimento

O rendimento depende de como o dinheiro investido será aplicado pela seguradora ou banco. "Parte do dinheiro pode ser aplicado em renda variável e outra parte em renda fixa. Quem escolheu renda variável, por exemplo, perdeu um pouco nos últimos meses", afirma o professor da Escola de Negócios da PUCPR Carlos Magno Bittencourt.

Se o cliente estiver descontente com a instituição financeira que opera o plano, pode pedir a portabilidade.

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